Banco Mundial destinará de US$ 10 milhões a US$ 12 milhões ao Programa de Iniciativa de Acesso ao Mercado de Seguros voltado para países emergentes Brasil é forte candidato a receber investimentos de agências internacionais
A Associação Internacional de Supervisão de Seguros (International Association of Insurance Supervisors – IAIS), o Grupo Consultivo para Assistência aos Pobres (Consultative Group for Assisting the Poor – CGAP), o Banco Mundial, a Organização Internacional do Trabalho (International Labor Organization – ILO), o Ministério Federal Alemão de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (Bundesministerium Für Wirtschaftliche Zusammenarbeit – BMZ) e o FinMark Trust associaram-se para lançar a Iniciativa de Acesso ao Mercado de Seguros.
O programa mundial, lançado oficialmente nesta quinta-feira, dia 22 de outubro, na 16ª edição da Conferência Anual da Associação Internacional de Supervisores de Seguros (IAIS), representa um novo enfoque de colaboração entre órgãos de desenvolvimento internacional e supervisores de seguro através da IAIS.
A expectativa do Banco Mundial é investir de US$ 10 milhões a US$ 12 milhões, em um prazo de cinco a sete anos, no fomento de microsseguros em países em desenvolvimento. De acordo com o superintendente da Susep, Armando Vergílio, o Brasil é forte candidato a receber investimentos de agências internacionais.
Esta iniciativa de abrangência mundial foi concebida para capacitar e treinar supervisores de seguros a promoverem a expansão do acesso da população de baixa renda aos mercados de seguros. O resultado esperado é a contribuição para melhores políticas de regulamentação e supervisão compatíveis com as normas internacionais de seguro, incentivando o investimento no setor de seguros e o desenvolvimento de operações sustentáveis de microsseguro nos mercados emergentes.
Na solenidade realizada hoje para comemorar o lançamento, Peter Baumüller, Presidente do Comitê Executivo da IAIS e Diretor do Organismo para o Mercado Financeiro da Áustria, afirmou que “esta é mais uma ação do compromisso assumido pela IAIS de facilitar o acesso ao financiamento, conforme a promessa do G20, promovendo abordagens satisfatórias na esfera da regulamentação, supervisão e elaboração de normas para o acesso ao financiamento. A IAIS conta com ampla filiação que abrange os mercados emergentes e desenvolvidos. Em 2007, a instituição iniciou um projeto para melhorar a compreensão da dinâmica envolvida para atender com a adoção de medidas adequadas?.
Armando Vergilio dos Santos Junior, Presidente do Subgrupo da IAIS para Microsseguros e Diretor da Superintendência de Seguros Privados – SUSEP, declarou: “O microsseguro vem ao encontro da promessa de uma ampla expansão mundial e, com certeza, contribuirá imensamente para a realização da meta de acesso ao mercado de seguros.” Ele ressaltou: “O desafio que se apresenta hoje é elaborar normas que permitam oferecer serviços de seguro acessíveis para população de baixa renda, sem expor os clientes a riscos e custos desnecessários. É um desafio que enfrentaremos.”
“Esta iniciativa conjunta estabelece as bases para uma parceria profunda e sustentável, visando a expansão do conhecimento e a capacitação dos supervisores. Minha previsão é de que logo empregaremos este conhecimento para enfrentar os desafios e beneficiar-nos das oportunidades que surgirão”, comentou J Hari Narayan, Presidente do Comitê de Implementação da IAIS e Presidente do Órgão de Desenvolvimento e Regulamentação de Seguros (Insurance Regulatory and Development Authority – IRDA) na Índia, ao comemorar a Iniciativa.
“Estou entusiasmado com o surgimento desta Iniciativa, que representa o ápice do trabalho do plano avançado da Rede de Microsseguros ao longo dos anos”, disse Craig Churchill da ILO, que também exerce o cargo de Presidente da Rede. ?A ILO apoia firmemente a Iniciativa de Acesso ao Mercado de Seguros, pois acreditamos que possui os instrumentos e a experiência necessária para assistir aos reguladores visando a criação de um ambiente favorável ao microsseguros, que poderá auxiliar a promover o Programa do Trabalho Digno (Decent Work Agenda) da ILO?.