Ultima atualização 30 de abril

Custo de desastres naturais pode chegar a US$ 110 bi este ano

Principais afetadas pelas perdas econômicas decorrentes de fenômenos naturais, companhias de seguro têm sentido no bolso o aumento do impacto desses desastres. Dados do setor indicam que, entre 1992 e 2008, o impacto econômico de catástrofes naturais se multiplicou por dez. De acordo com a gigante Munich Re, o número de grandes eventos com impacto superior a US$ 1 bilhão triplicou desde 1950. Para os próximos dez anos, a previsão é de que os prejuízos possam dobrar mais uma vez.
O recorde de perdas em um ano foi registrado em 2008, quando os desastres custaram ao mundo US$ 200 bilhões. Mas os três primeiros meses de 2010 já são os mais prejudiciais da história à economia da América Latina. Segundo a Willis Re, as empresas latinas do setor perderam US$ 16 bilhões nos últimos três meses com desastres como os terremotos no Haiti e Chile e as chuvas que castigaram o Brasil. Além desses eventos, a Willis Re prevê que a temporada de furacões no Caribe será ?mais intensa que o normal? em 2010.
Na Swiss Re, a previsão é de que os custos de desastres naturais chegarão a US$ 110 bilhões este ano, ante US$ 22 bilhões em 2009, um ano relativamente tranquilo. ?Já estamos vendo eventos significativos em 2010?, afirma Thomas Hess, economista chefe da Swiss Re. ?A indústria está alertada para se preparar para sofrer perdas.?
Além dos terremotos e da erupção do vulcão Eyjafjallajoekull, na Islândia, a tempestade Xynthia, que atingiu a França em fevereiro, matando 47 pessoas, já começou a pesar nos bolsos de companhias e governos. Seu custo já chegou a 2 bilhões, segundo a empresa Risk Management Solutions.
Para compensar suas perdas, as companhias passaram a vender novos produtos: seguro contra a falta de ventos para empresas de energia eólica ou mesmo contra a falta de sol para quem investe em painéis de energia solar. Há poucas semanas, as seguradoras europeias se reuniram para começar a discutir a viabilidade de oferecer uma nova apólice às companhias aéreas: agora, contra cinzas de vulcão.

Jamil Chade
 O Estado de S. Paulo

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