Ultima atualização 13 de janeiro

2016: Concorrência e crimes cibernéticos são ameaças para os negócios

risco cibernético

A quinta edição do estudo anual sobre riscos corporativos publicado pela Allianz Global Corporate & Specialty (AGCS), mostra que o cenário de riscos para os negócios está mudando significativamente em 2016. Enquanto empresas estão menos preocupadas com as consequências dos riscos tradicionais da indústria, como catástrofes naturais ou incêndios, a preocupação tem sido crescente com o impacto de outros eventos disruptivos, concorrência intensa entre os mercados e acidentes cibernéticos. Estes são os principais pontos abordados no Allianz Risk Barometer 2016, que entrevistou mais de 800 gerentes de risco e especialistas em seguros de 40 países.

De acordo com o estudo, a interrupção nos negócios (Business Interruption – BI) e interrupção na cadeia de suprimento segue, pelo quarto ano consecutivo, como o principal risco global para as empresas. No entanto, muitas companhias estão preocupadas que perdas por BI, que normalmente resultam de danos na propriedade, serão cada vez mais impulsionadas por ciberataques, falhas técnicas ou instabilidades geopolíticas, como causas de interrupção por danos “não físicos”. Os crimes no ambiente digital são citados, inclusive, como o risco mais preocupante nos próximos dez anos para as empresas.

“O cenário de risco corporativo está mudando na medida em que muitos setores industriais estão passando por uma transformação fundamental”, explica o CEO global da AGCS, Chris Fischer Hirs. “Novas tecnologias, aumento da digitalização e a ‘Internet das Coisas’ estão mudando o comportamento do cliente, as operações industriais e os modelos de negócios, criando uma gama de oportunidades, mas também trazendo a consciência para a necessidade de resposta das empresas para novos desafios. Como seguradoras, precisamos trabalhar em conjunto com nossos clientes corporativos para ajudá-los a lidar com estas novas realidades de uma forma abrangente”.

Na região das Américas, que inclui América do Norte, Central e do Sul, a interrupção dos negócios segue a tendência global e também ocupa o primeiro lugar (58%) no ranking de riscos para as empresas, seguido por incidentes cibernéticos (46%) e catástrofes naturais (37%).

Ambiente de mercado desafiador

Mais de um terço das respostas (34%) citou a evolução do mercado, tal como intensificação da concorrência ou volatilidade/estagnação do mercado, como um dos três riscos corporativos mais importantes em 2016, classificando esta nova categoria¹ de pesquisa como a segunda mais relevante em perigo geral. A evolução do mercado é particularmente uma preocupação em setores de engenharia, serviços financeiros, farmacêuticos e de logística marinha e terrestre. Além disso, este risco é classificado como segundo colocado no ranking das principais preocupações na Europa, Ásia-Pacífico e África e Oriente Médio.

¹ No Allianz Risk Barometer 2015 os riscos de evolução de mercado foram classificados separadamente, não como um perigo coletivo

 

Crescente sofisticação dos ataques cibernéticos

Outra área de preocupação crescente para as empresas, em nível mundial, são os incidentes virtuais, que incluem crimes cibernéticos ou violações de dados e também falhas técnicas de TI. Incidentes cibernéticos aumentaram 11% ano a ano, saindo de quinto lugar para ocupar a posição de risco TOP 3 pela primeira vez (28% das respostas). Há cinco anos, incidentes virtuais eram identificados como risco por apenas 1% das respostas, no primeiro Allianz Risk Barometer. A perda de reputação (69%) é a maior causa de prejuízo econômico após um ataque cibernético, de acordo com as respostas, seguido por interrupção dos negócios (60%) e reclamações de responsabilidade após violação de dados (52%).

Instabilidade geopolítica pode ocasionar perturbações

Business Interruption continua a ser o principal perigo do Allianz Risk Barometer pelo quarto ano consecutivo, com 38% das respostas. De fato, perdas por BI para as empresas estão aumentando, sendo normalmente responsáveis por uma proporção muito maior da perda global de uma década atrás, e muitas vezes ultrapassam significativamente a perda de propriedade direta, como mostra a análise de apólices de seguros da AGCS. De acordo com as respostas, as causas mais temidas de BI são catástrofes naturais (51%), seguidas por incêndio/explosão (46%). No entanto, de acordo com as conclusões do estudo, as multinacionais também estão cada vez mais preocupadas com o impacto negativo da instabilidade geopolítica, como guerras, protestos e greves, que poderiam impactar suas cadeias de fornecimento e a suas equipes, ou ainda seus ativos, que poderiam sofrer com atos de terrorismo.

 

Para mais informações e download do estudo completo, acesse: www.agcs.allianz.com/insights/white-papers-and-case-studies/allianz-risk-barometer-2016/

A.C.
Revista Apólice

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