O Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Resseguros (Sintres) solicitou à Justiça do Trabalho a abertura de Inquérito Civil Público para investigar denúncias de assédio moral contra empregados do IRB – Brasil Re.
As denúncias começaram em setembro deste ano, quando os gerentes da companhia tiveram que indicar alguns de seus empregados à demissão, após a diretoria anunciar o corte de pelo menos 10% do seu efetivo. A justificativa para a decisão foi a “falta de produtividade/eficiência”. Os que tinham tempo suficiente de contribuição para Previdência Social se aposentaram às pressas para evitar a dispensa, mas os mais novos foram demitidos. O número de baixas no corpo funcional do IRB, que já chega a vinte, corresponde a 4,69% da totalidade de seus empregados, todos concursados.
Paralelamente, a diretoria do IRB aprovou a elevação de doze para trinta e dois, os cargos de Assessores Especiais de Diretoria (AED) – cujas remunerações são superiores às dos empregados concursados. Enquanto o salário de um analista está na faixa de R$ 4.500,00, a de um AED, com as mesmas atribuições, é de R$ 6.216,31. Um gerente concursado recebe na faixa de R$ 10.500,00, enquanto que um AED-Gerente recebe R$ 14.271,53.
As denúncias de assédio moral continuam a chegar ao sindicato da categoria e incluem vigilância rígida sobre os movimentos de funcionários dentro da empresa e até proibição de conversa entre colegas no ambiente de trabalho, entre outras arbitrariedades. O Sintres já levou o assunto à diretoria do IRB – Brasil Re, que até o momento não tomou nenhuma providência.
Políticos, como o Senador Francisco Dornelles – PB/RJ e os Deputados Alessandro Molon – PT/RJ e Jandira Feghali – PcdoB/RJ já se engajaram na luta contra novas demissões, em correspondência ao Ministério da Fazenda ao qual está subordinado o IRB.
Para Francisco Carvalho, presidente do Sintres, esse tipo de “descarte” de empregados concursados tem por objetivo dar espaço as novas contratações de AEDs. “Como o estatuto da empresa permite a contratação de empregados fora de concursos públicos, em caráter de emergência, a diretoria está se aproveitando desta brecha”, afirma ele.
A estrutura organizacional atual já conta com uma grande concentração de cargos comissionados: para cada 2,2 empregados concursados existe um empregado com função comissionada. Com as novas contratações essa correlação crescerá proporcionalmente.
G.F.
Revista Apólice
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