Ao contrário da maioria dos executivos que caiu no mercado de seguros por acaso, Frederico Geraldo encontrou no setor o propósito social que buscava. Como CEO da Connecting Dots ele tem a possibilidade de ajudar as empresas a gerir seus momentos de crise, na sequência de um sinistro de responsabilidade civil.
“Eu sempre quis atuar em uma área específica. Em 2016, abrimos a Connecting Dots, uma empresa que atua ligando pontos atrás das cortinas. No mercado, há uma divisão muito grande entre o papel dos segurados e das seguradoras e, em um produto de RC, é importante que eles conversem, porque há um terceiro que sofreu um dano e um grupo de pessoas que irá trabalhar para reparar esse dano”.
Ao invés de esperar que as vítimas entrem com um processo na justiça para a reparação das perdas, a Connecting Dots atua para minimizar os danos e atender as vítimas em até três horas após a ocorrência do sinistro. É o serviço de Assistência à Reparação Civil.
O seguro de Responsabilidade Civil era comercializado como um produto de risco de condenação. Por outro lado, os grupos econômicos não tinham apetite para serem proativos. Entretanto dois problemas vieram à tona: o grupo econômico sem proatividade na condução do processo começou a ter um passivo enorme de ações judiciais, que deixou de conseguir colocar no mercado segurador; por outro lado, as seguradoras passaram a não aceitar mais os riscos.
Como exemplo, Fred cita um cliente na área de energia que perdeu mais de R$ 60 milhões porque não atuou de forma proativa em um evento. “Os nossos produtos nascem depois de entregues. Nós testamos os serviços, assessoramos os clientes, seja na colocação do risco ou na leitura de um clausulado, até chegarmos à criação de produtos que sejam compreendidos pelo mercado e por nossos clientes”, conta. A empresa conta hoje com advogados, engenheiros, assistentes sociais e negociadores. Normalmente, os assistentes sociais farão o primeiro atendimento às pessoas que sofreram danos, para entender as necessidades imediatas e supri-las. Este trabalho gera não apenas uma economia financeira para os contratantes quanto à queda na quantidade de litígios judiciais. Todas as negociações, tanto com os prestadores de serviços (hospitais, por exemplo) quanto com as vítimas, são realizadas por profissionais capacita- dos para exercer essa função específica.
Quando acontece um acidente em uma empresa que esteja sujeita à Responsabilidade Civil Objetiva, o trabalho da Connecting Dots vai desde o minuto zero até a recuperação total da vítima. O trabalho envolve o componente jurídico, a identificação das vítimas, a sua localização, a gravidade das lesões. “Todo este trabalho acontece em até três horas”, assegura Fred.
O trabalho da Connecting Dots diminui o risco de imagem das empresas, pois o que aparece para a sociedade é o atendimento prestado e a preocupação real com as vítimas. A Assistência de Reparação Civil é contratada pelas empresas no momento em que o sinistro acontece, em situações em que alguém se acidenta. A responsabilidade das grandes empresas vai além dos seus funcionários, passando pelo fornecedores e terceirizados, até chegar a toda a comunidade na qual ela está inserida. “Este trabalho era realizado por alguém de dentro da empresa, por desconhecer que este serviço existe. Aprendemos a trabalhar com um custo acessível para os clientes, de forma a oferecer o melhor atendimento possível para mitigar os danos a terceiros”, finaliza Fred.
*Matéria originalmente publicada na edição 301 da Revista Apólice