Ultima atualização 28 de agosto

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Seguradoras emitiram R$ 90,3 bilhões em prêmios no primeiro semestre

Segundo o Boletim IRB+Mercado, a sinistralidade geral do setor registrou queda de 12,6 pontos percentuais e fechou semestre em 44,3%
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(FOTO: Marcos Santos/USP Imagens

O faturamento do mercado de seguros aumentou R$ 10,3 bilhões no primeiro semestre de 2023 se comparado ao mesmo período do ano passado. É o que mostra a 33ª edição do Boletim IRB+Mercado, divulgada pela plataforma IRB+Inteligência. A alta, que representa crescimento de 12,9%, foi puxada pelos segmentos Vida e Automóvel. Ao todo, os prêmios emitidos pelas seguradoras nos seis primeiros meses do ano alcançaram R$ 90,3 bilhões.

O relatório, que considerou números publicados pela Susep (Superintendência de Seguros Privados) em 10/08, indica que o lucro líquido do setor cresceu 86,3% em relação ao primeiro semestre de 2022, fechando em R$ 17,4 bilhões. Um dos fatores que contribuiu para isso foi a queda de 12,6 pontos percentuais (p.p.) da sinistralidade geral no primeiro semestre de 2023. O índice encerrou o semestre em 44,3%, influenciado principalmente pela recuperação do segmento Rural, muito afetado em 2022 por eventos climáticos.

Alta puxada por Vida e Automóvel

Vida, que fechou o primeiro semestre mantendo a maior participação nos prêmios emitidos (32,9%), totalizou R$ 29,7 bilhões em faturamento. O valor é 8,5% maior que o registrado no mesmo período de 2022. A evolução foi impulsionada, principalmente, pela alta dos seguros de vida individuais (+18%) e coletivos (+6,1%).

Automóvel, que respondeu por 30% dos prêmios emitidos, fechou o primeiro semestre com R$ 27 bilhões de faturamento, alta de 18,1% ante o mesmo período em 2022. O segmento, que estava registrando expansão do total de prêmios emitidos devido ao aumento de preços de veículos e peças, agora observa os desdobramentos do programa de renovação da frota, que garantiu desconto no preço de compra de veículos novos.

Nos dois segmentos, a sinistralidade também apresentou melhora. Em Vida, o índice fechou o primeiro semestre em 29,9%, com queda de 2,5 p.p. em relação ao 1S22 e patamar semelhante ao registrado antes da pandemia de Covid-19. Em Automóvel, a taxa de 59,7% é 14,4 p.p. menor que a verificada no primeiro semestre de 2022. Desde abril de 2022, a sinistralidade do segmento apresenta tendência de queda.

Outros segmentos

Corporativo de Danos e Responsabilidades, que responde por 19,1% do mercado, cresceu 12,7% em relação ao mesmo período de 2022, totalizando R$ 17,3 bilhões no primeiro semestre de 2023. A sinistralidade do segmento caiu 2,3 p.p., fechando em 40,8%. Esse é o menor índice desde 2015.

Individual contra Danos (7,6% do mercado) evoluiu 13% no primeiro semestre frente aos seis primeiros meses de 2022, com destaque para os seguros Compreensivo Empresarial (+22,6%) e Residencial (+14%). Ao todo, o segmento acumulou R$ 6,9 bilhões em faturamento e registrou sinistralidade de 34,4% (-4,4 p.p.).

Com 7% do mercado, Rural acumulou R$ 6,3 bilhões em faturamento, alta de 10,3% em relação ao primeiro semestre do ano passado, impulsionado pelos recursos do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural, do Governo Federal. Já a sinistralidade caiu de 160,9%, no primeiro semestre de 2022, para 40,6%.

Já Crédito e Garantia (3,4% do mercado) faturou R$ 3,1 bilhões no período, alta de 21,1% na comparação com o primeiro semestre do ano passado. É o maior faturamento do segmento desde o início da série histórica, em 2014. A sinistralidade, no entanto, aumentou 55,9 p.p. e atingiu 80,5%.

N.F.
Revista Apólice

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