Ultima atualização 08 de novembro

Paralisações nas estradas: Seguro Transporte pode evitar prejuízos

Segundo a Confederação Nacional do Comércio, as perdas diárias com os bloqueios nas estradas chegam a quase R$ 2 bilhões
ESTRADAS
(FOTO: Lucas Lacaz Ruiz/Estadão Conteúdo)

EXCLUSIVO – As manifestações antidemocráticas de caminhoneiros chegam ao oitavo dia com bem menos força. A PRF (Polícia Rodoviária Federal) informou no último domingo, 6 de novembro, que apenas duas interdições permanecem nas rodovias federais. Contudo, as consequências econômicas já podem ser sentidas. Segundo a CNC (Confederação Nacional do Comércio), as perdas diárias com os bloqueios nas estradas chegam a quase R$ 2 bilhões. De acordo com a entidade, esse impacto é agravado por “uma maior dependência que as empresas passaram a ter de serviços de entregas, uma vez que passaram a operar com estoques reduzidos”.

Os custos com a paralisação dos negócios podem ser cobertos por uma apólice de seguro transporte. Apesar de diversos seguros normalmente não cobrirem riscos causados por tumultos, greves e comoção civil, neste produto há a possibilidade do contratante incluir uma cobertura adicional para esse tipo de evento. Com ela, é possível que empresas protejam suas mercadorias contra possíveis ataques, roubo, produtos danificados etc.

Ricardo Guirao

“A contratação dessa cobertura garante aos embarcadores a reparação em caso de perdas e danos à carga transportada. Quando falamos em seguro de transporte, há dois tipos de públicos: os embarcadores e os transportadores. Ambos sofrem com esse tipo de paralisação, por isso é fundamental a contratação de uma apólice bem estruturada. Além de um possível prejuízo com a perda ou avaria da mercadoria, muitos e-commerces, por exemplo, estipulam um prazo para a entrega antes mesmo do cliente fechar a compra, o que pode gerar um prejuízo a imagem da empresa caso ele não seja cumprido. O seguro transporte colabora para que esse impacto seja o menor possível”, diz Ricardo Guirao, diretor de Transportes da Aon.

Segundo o executivo, o seguro acaba gerando uma possibilidade de tranquilidade para o cliente através de uma assessoria especializada, pois inclui desde a análise detalhada da operação da empresa e dimensionamento da cobertura ideal para o risco de operação, até o gerenciamento de risco em função do produto. “Aqui na Aon contamos com um software que ajudou os nossos segurados a saberem exatamente onde estavam acontecendo as paralisações da última semana. Contamos também com uma área de Gerenciamento de Riscos que fornece dados em tempo real para os cliente, ajudando na mitigação e proteção das mercadorias”. Guirão afirma que a corretora não registrou nenhum aumento significativo no número de sinistros devido às paralisações.

De acordo com o diretor da Aon, geralmente as seguradoras estabelecem um prazo de 7 dias de cobertura, podendo suspender essa cobertura contra graves e manifestações civis se a exposição ao risco estiver insustentável. “Somente o público embarcador conta com essa proteção, mas também oferecemos algumas coberturas específicas para alguns clientes que estão expostos a riscos não amparados em uma apólice mais básica. Por exemplo, caso uma empresa esteja com uma carga de alimentos perecíveis e esses produtos estraguem, geralmente o seguro não irá cobrir, pois isso não é considerado um acidente. Entretanto, aqui na Aon conseguimos negociar uma cobertura para simples avariação da carga dependendo da operação do segurado. Já o público transportador fica apenas com a cobertura de RC, já que do ponto de vista legal os transportadores não responsáveis por um dano causado a carga devido à paralisações”.

De acordo com dados da Susep (Superintendência de Seguros Privados), o seguro transporte já arrecadou quase R$ 6 bilhões em prêmios entre janeiro e setembro deste ano. Guirão ainda afirma enxergar a carteira muito mais madura no Brasil do que em outros países latino-americanos. “Aqui nós estamos muito mais estruturados do ponto de vista da utilização do seguro para repor o prejuízo do bem. Além disso, esse é um seguro bastante acessível, tornando-se mais barato para uma empresa do que tirar dinheiro do próprio caixa para repor um dano, o que irá contribuir para a maior expansão do produto em um futuro bem próximo”.

Nicole Fraga
Revista Apólice

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