Ultima atualização 25 de agosto

Roubo e furto de veículos crescem 15,89% no primeiro semestre

Segundo levantamento do Grupo Tracker, a alta mais acentuada foi no segmento motos (93,35%), seguido de veículos leves (22,02%)

A retomada da rotina, com a diminuição de casos de Covid-19 e o fim do isolamento social, trouxe de volta a sensação de insegurança para transitar pelas ruas e estradas do Brasil. Segundo dados do Grupo Tracker, os eventos envolvendo roubo e furto de veículos cresceram 15,89%, no primeiro semestre de 2022, na comparação com igual período de 2021. Os proprietários de motocicletas foram os que mais sofreram, uma alta de 93,35% nas ocorrências, seguidos dos donos de veículos leves (automóveis, jipes, pick-ups e SUV’s) (22,02%) e caminhões/carretas (2,95%).

No caso das motocicletas, o coordenador do Comando de Operações do Grupo, Vitor Corrêa, explica que a alta está associada ao número de veículos circulando. A frota cresceu 23,1%, nos seis primeiros meses deste ano. “Com mais motos expostas e mais pessoas trabalhando com delivery, esse segmento passou a ser ainda mais visado pelos criminosos”, afirma. Por outro lado, a categoria de caminhões não apresentou uma alta expressiva porque foi a menos afetada pela pandemia. “Nos dois anos de crise sanitária, o setor que praticamente não parou foi o de transporte. O que faz com que os dados de roubo e furto permaneçam estáveis”.

Os estados que apresentaram alta significativa de eventos com veículos leves foram: Santa Catarina (386,72%), Rio Grande do Sul (68,18%), Paraná (39,84%), Rio de Janeiro (39,15%), São Paulo (28,06%) e Minas Gerais (21,00%). “A retomada da rotina, com mais veículos em circulação, é o grande responsável pelo aumento da criminalidade neste setor”, avalia Corrêa.

A região com a maior frota do país, a Sudeste, foi também a que registrou um crescimento mais significativo de violência (22,14%). Foram 90,67% mais roubos e furtos de motos, aumento de 67,48% nos eventos com SUV’s, 26,28% de alta em veículos leves e 9,54% a mais de ocorrências com caminhões e carretas. “Há uma tendência do mercado brasileiro de adquirir cada vez mais modelos SUV’s. Por serem veículos mais caros e luxuosos, proporcionalmente, possuem peças com valores mais altos, e isso é levado em consideração também no mercado ilegal dos desmanches. Assim, focar nestas ações criminosas gera uma lucratividade maior para as quadrilhas especializadas, que começam a preferir esses modelos de veículos. O gradual crescimento da categoria nos últimos anos, com excelentes resultados de vendas, estimulam ainda mais os criminosos”, analisa Corrêa.

No Centro-Oeste o aumento de ocorrências no primeiro semestre foi de 12,35%, na comparação com os seis primeiros meses do ano passado. Esse número foi impulsionado, principalmente, pelo roubo e furto de caminhões e carretas, que cresceram 17,58%. “O agronegócio aqueceu o mercado de transporte de cargas na região e consequentemente o número de eventos cresceu”, explica o coordenador do Centro de Operações. No Sul, a alta foi de 5,31%, com destaque para os roubos e furtos de leves (68,82%).

N.F.
Revista Apólice

Compartilhe no:

Assine nossa newsletter

Você também pode gostar

Feed Apólice

Ads Blocker Image Powered by Code Help Pro

Ads Blocker Detected!!!

We have detected that you are using extensions to block ads. Please support us by disabling these ads blocker.

Powered By
100% Free SEO Tools - Tool Kits PRO