Ultima atualização 27 de novembro

Mulheres são maioria no mercado segurador, mas ainda encontram dificuldades

A participação feminina entre os securitários chega a 57%, mas elas ainda encontram obstáculos para conseguir atuar nos cargos executivos
Maria Helena Monteiro e Francisco Galiza

A atuação da mulher no mundo dos negócios é assunto que vem ganhando cada vez mais espaço para debate, assim como elas têm feito em diferentes setores. Porém, muitos são os desafios ainda enfrentados pelo sexo feminino no mercado de trabalho.
Focando nisso, a Escola Nacional de Seguros realizou uma pesquisa para tratar do papel feminino no mercado segurador. O resultado foi apresentado por Maria Helena Monteiro, diretora de Ensino Técnico da Escola e Francisco Galiza, economista e catedrático da ANSP, no último dia 26, em São Paulo.
É possível destacar na avaliação realizada que as mulheres, hoje, têm se dedicado mais a galgar posições dentro do mercado, investindo em estudos e desenvolvimento para que isso aconteça. Apesar dos esforços, o tratamento dado às mulheres securitárias, segundo elas, ainda não é satisfatório.
Em 2000, a participação feminina nas companhias era de 49%, em 2012 a atuação atingiu 57%. Mesmo sendo hoje a maioria no setor, as funcionárias das seguradoras raramente ascendem para cargos acima da área de gerência. Elas acreditam que isso se deve ao enraizamento da cultura onde os executivos geralmente são homens.
A pesquisa demonstra que as chances dadas às mulheres de mostrarem seu potencial profissional dependem de como a cultura da empresa funciona e do quão empenhadas as seguradoras estão em diminuir a discrepância que há entre os gêneros no mercado de trabalho. Segundo os dados, entre os funcionários que recebem os cinco maiores níveis salariais das companhias 70% são homens, já entre os dez ganhos salariais mais baixos 70% são das mulheres. Isso acontece mesmo tendo números mostrando que o nível de ensino é o mesmo e a faixa idade quase não tem variação.
Maria Helena enfatiza que o espaço que a mulher tem hoje foi conquistado por mérito delas e que a presença feminina no mercado não deverá recuar. “Acho que as seguradoras que não têm visão quanto a isso estão perdendo dinheiro e oportunidades”, comentou.
Abrir espaço para discussão do tema, criar programas de incentivo, entender como funciona a agenda feminina e encontrar nas diferenças entre homens e mulheres as qualidades que elas têm para as companhias são algumas dicas das entrevistadas para ampliar o quadro de participação, mas também poder ocupar os cargos executivos nos quais elas têm competência para atuar.

Amanda Cruz / Revista Apólice

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