As mulheres foram alvo de levantamentos realizados por algumas companhias do mercado. Na área de previdência privada, a SulAmérica pesquisou o perfil da sua carteira de clientes e constatou: as mulheres estão cada vez mais presentes no mercado investidor e se mostram conservadoras quando o assunto é aplicação em produtos de previdência privada.
Dados de 2011 mostram que 77% das mulheres que investiram em PGBL optaram por fundos conservadores, ou seja, com maior concentração em renda fixa. Em 2008, este percentual era de 54%. O PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) é o plano de previdência indicado para aqueles que fazem a declaração do Imposto de Renda pelo formulário completo, uma vez que o participante pode abater as contribuições do valor da base de cálculo do imposto, até o limite de 12% da renda brutal anual.
Na modalidade VGBL (Vida Gerador de Benefícios Livres), indicada para quem faz a declaração simplificada do Imposto de Renda, pois as contribuições a estes planos não são descontadas da base de cálculo do Imposto de Renda, nota-se que o perfil conservador também predomina em 56% das investidoras.
“Sabemos que existem fatores que influenciam na decisão de investimento. Para as mulheres, além do cenário econômico, pesam na decisão de investimento as necessidades de consumo e a preocupação com o futuro pessoal e familiar”, explica a diretora técnica de Vida e Previdência da SulAmérica, Carolina de Molla.
O levantamento apontou que 61% das mulheres que investem em VGBL são solteiras, entre as que investem em PGBL, a porcentagem de solteiras é de 54%. A média de idade varia de 37 a 39 anos. “São mulheres independentes financeiramente que se preocupam com a manutenção do padrão e a qualidade de vida na fase da aposentadoria”, comenta Carolina.
O perfil de investimento conservador das mulheres se repete quando o assunto é menores. No Educaprevi, plano de previdência contratado por pais e responsáveis para crianças e adolescentes, estão concentrados em renda fixa. “Mais uma vez é o perfil conservador da mulher definindo a opção de previdência para a família”, acrescenta a executiva.
Vida
Já o grupo segurador BB Mapfre analisou a sua carteira de seguros de vida para a mulher. O grupo, que atua desde 2003 com o Seguro Vida Mulher, projeta crescimento de 33% do volume de prêmios da carteira em 2012.
Exclusiva para o público feminino, a apólice vem crescendo continuamente. Somente ano passado, o volume de prêmios apresentou um aumento de 26,6%. “Diante das particularidades desse público crescente, contamos com um seguro que oferece a proteção necessária e também coberturas que aumentam as possibilidades de uma vida melhor”, afirma Bento Zanzini, diretor geral de Riscos de Pessoas do Grupo BB Mapfre.
O Seguro Vida Mulher possui, além das proteções tradicionais do seguro de vida, cobertura para casos de câncer de mama, útero e ovário. Em caso de constatação do diagnóstico, a segurada recebe o valor da apólice para utilizar no tratamento.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer, o câncer de mama é o mais comum e corresponde pela maior causa de morte de mulheres na faixa entre 40 e 69 anos. Já o câncer de colo de útero é responsável por 230 mil mortes por ano.
Os dados mostram um aumento dos casos registrados. Em 2010, a seguradora registrou R$ 8,1 milhões em pagamentos de indenização para seguradas diagnosticadas com a doença. Já no ano passado, o valor alcançou R$ 11 milhões.
“A segurada tem total liberdade para administrar a apólice durante o seu tratamento, custeando os medicamentos e/ou apoio psicológico”, complementa Zanzini.
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a expectativa de vida mulher avançou de 73,9 para 77 anos, em um período de nove anos. Essa longevidade vem permitindo a redução do custo do seguro. Além disso, se a segurada apresentar um hábito de vida saudável, o valor pode ser reduzido em 10% ou mais.
J.N.
Revista Apólice