Ultima atualização 14 de maio

IRB(Re) registra lucro líquido de R$ 79,1 milhões no primeiro trimestre

Resultado, baseado na Visão Negócio do IFRS 4, supera o lucro líquido de R$ 8,6 milhões verificado no primeiro trimestre de 2023

O IRB(Re) registrou lucro líquido de R$ 79,1 milhões no primeiro trimestre de 2024. O valor apurado nos três primeiros meses do ano é maior que o reportado um ano antes, R$ 8,6 milhões. Os números, divulgados ontem (13/05), consideram a Visão Negócio e mostram a evolução do ressegurador, que obteve resultado positivo pelo quinto trimestre consecutivo.

“Antes de comentar o nosso resultado, gostaria de prestar a minha solidariedade a toda a população do Rio Grande do Sul, que continua sofrendo com o impacto das enchentes. Pagar sinistros é a principal responsabilidade do mercado de seguros. Estamos em contato como nossos clientes e nos comprometemos a fazer análises e pagamentos o mais rápido possível”, afirma Marcos Falcão, CEO do IRB(Re).

“Sobre o primeiro trimestre de 2024, reforço que trabalhamos para produzir resultados sustentáveis, no longo prazo, e, mais uma vez, nossos números mostram que estamos evoluindo. Neste início de ano, destaco ainda o pagamento antecipado de R$ 90 milhões, referentes à terceira emissão de debêntures, e o recebimento de precatórios no valor de R$ 277 milhões. Além disso, encerramos o trimestre com 169% de solvência. Vamos seguir controlando os itens que estão sob nossa gestão: preço, despesas e custos”, comenta Falcão.

O resultado de subscrição do IRB(Re) também avançou e fechou o primeiro trimestre de 2024 positivo em R$ 122,4 milhões, ante R$ 3,7 milhões no primeiro trimestre de 2023. A linha rural registrou o maior resultado nominal, com R$ 74,1 milhões nos três primeiros meses deste ano. Percentualmente, o maior crescimento foi verificado na linha patrimonial: 209,9%, de R$ 16 milhões no primeiro trimestre de 2023 para R$ 50,1 milhões no primeiro trimestre de 2024. Vale destacar que o resultado de subscrição no Brasil passou de R$ 15,8 milhões, no primeiro trimestre de 2023, para R$ 169,4 milhões positivos, no primeiro trimestre de 2024. Já no exterior, nos três primeiros meses deste ano, o resultado de subscrição foi negativo em R$ 47 milhões, ante R$ 12,1 milhões negativos no primeiro trimestre do ano passado.

Em linha com a estratégia de concentração de negócios no Brasil e redução da participação no exterior, o prêmio emitido total caiu 9,1% na comparação com o primeiro trimestre de 2023, registrando R$ 1,440 bilhões. A participação de negócios firmados no Brasil teve alta, alcançando 74% do portfólio. Esse percentual era de 64% um ano antes. Em relação ao volume, houve crescimento de 5,3% no prêmio emitido no Brasil na comparação com o primeiro trimestre de 2023: R$ 1,060 bilhão. Já o prêmio emitido no exterior, que representou 26% do portfólio, totalizou R$ 379,9 milhões no primeiro trimestre de 2024, queda de 34,2% em relação ao mesmo período em 2023.

“Podemos observar a constante evolução dos resultados de subscrição, decorrentes da limpeza da carteira realizada em 2023. Alguns ramos ainda apresentam resultados negativos, mas a progressão é positiva se comparada com o mesmo trimestre do ano anterior. Neste primeiro trimestre de 2024, com foco na execução da nossa estratégia, renovamos 90% de todos os negócios que desejávamos manter. Seguimos com uma carteira diversificada e com novos negócios. Em relação aos facultativos, por exemplo, houve crescimento de 68% em novos negócios efetivados no Brasil, quando comparado com mesmo período do ano anterior”, explica Daniel Castillo, vice-presidente de Resseguros do IRB(Re).

“Nossa estratégia de subscrição continua centralizada no Brasil. Atingimos a meta de realizar 70% dos negócios no país. Consolidamos a participação no mercado local, alavancando nossas vantagens competitivas. Em 2024, um passo à frente, acreditamos que negócios na América Latina podem responder por 20% do portfólio e outros 10% nas demais exposições internacionais. Nos três primeiros meses do ano, nosso percentual de prêmios na América Latina ficou em 6,2%, ainda muito baixo, uma vez que as renovações destes negócios só vão ocorrer no terceiro trimestre, visto que a maior parte dos clientes latino-americanos renovam seus negócios em 1º de julho”, comenta Castillo.

O sinistro retido total caiu 43,3%, na comparação do primeiro trimestre de 2024 com o primeiro trimestre de 2023, fechando em R$ 528,8 bilhões. Com isso, o índice de sinistralidade passou de 77,3% para 58,2%, uma queda de 19,1 p.p.. A companhia também melhorou o índice combinado, que inclui sinistralidade, comissionamento e demais despesas, em 11,9 p.p., passando de 110,9%, no primeiro trimestre de 2023, para 99%, no primeiro trimestre de 2024.

“Considerando a geografia, a sinistralidade foi de 44,7% no Brasil e 93,3% no exterior. Analisando a curva, trimestre a trimestre, verificamos uma pequena deterioração no Brasil e uma redução de 33 p.p. na sinistralidade no exterior, considerando o quarto trimestre de 2023. Acreditamos que as ações que executamos de ajuste de preços, redução de exposições com cancelamento ou diminuição de participações em diversos contratos, além do alinhamento de condições comerciais e modificações técnicas nos negócios renovados, contribuem para a melhora gradativa deste índice”, afirma Castillo.

O IRB(Re) informou que o índice de endividamento da companhia fechou o primeiro trimestre de 2024 em 13%. “Nosso índice de endividamento, que aqui foi medido pela relação entre as debêntures e o patrimônio líquido, reduziu em virtude da quitação das debêntures em outubro de 2023. No segundo trimestre, veremos uma nova queda, com o resgate antecipado das debêntures da terceira emissão, o que diminuirá também nosso serviço da dívida”, explica Falcão.

As despesas gerais e administrativas do IRB(Re), no primeiro trimestre de 2024, totalizaram R$ 75 milhões, comparado aos R$ 88 milhões no primeiro trimestre de 2023, quando houve pagamento de R$ 25 milhões referente ao acordo com o Departamento de Justiça dos EUA (DoJ).

O resultado financeiro e patrimonial da companhia, no primeiro trimestre de 2024, foi de R$ 141,6 milhões, praticamente em linha com o resultado do primeiro trimestre de 2023, impactado pelo menor volume de ativos financeiros e menor taxa de juros. “Encerramos o primeiro trimestre com R$ 8 bilhões em ativos financeiros. A alocação destes recursos, de modo geral, pode ser dividida entre aproximadamente 60% de ativos no Brasil e 40% no exterior”, conta Paulo Valle, diretor-geral da IRB(Asset), braço de investimentos do ressegurador.

O IRB(Re) deve observar dois indicadores regulatórios, conforme dispõe normativo da Susep (Superintendência de Seguros Privados), órgão responsável pela supervisão do setor de seguros e resseguros: Índice de Suficiência de Patrimônio Líquido Ajustado em relação ao Capital Mínimo Requerido (CMR) e o Índice de Cobertura de Provisões Técnicas. Em 2023, a companhia apresentou suficiência em ambos os índices.

“O primeiro indicador fechou o primeiro trimestre de 2024 com suficiência de R$ 697,1 milhões, ou seja, 69% acima do capital requerido, o melhor patamar desde setembro de 2021. Ressalto que, com a melhor seleção de riscos, reduzimos a necessidade de capital mínimo requerido em R$ 572 milhões no período. O indicador de suficiência de garantia encerrou o primeiro trimestre com suficiência de R$ 370,1 milhões”, diz Thais Peters, diretora de Controles Internos, Riscos e Conformidade do IRB(Re).

O IRB(Re), além de reportar seus números considerando a Visão Negócio do IFRS 4, adotada pelo nosso regulador setorial, a Susep, e utilizada pela empresa para tomar suas decisões, publicou seus resultados do primeiro trimestre de 2024 em IFRS 17, conforme exigência da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A norma internacional, direcionada ao mercado de seguros e resseguros, trata os fluxos operacionais trazidos a valor presente, considerando o valor do dinheiro no tempo.

Considerando a metodologia do IFRS 17, o resultado da companhia no primeiro trimestre de 2024 foi positivo em R$ 226,8 milhões, ante prejuízo de R$ 24,6 milhões no primeiro trimestre de 2023. “A análise dos dados em IFRS 17 exige olhar para períodos mais longos. Neste trimestre, podemos dizer que o resultado foi impactado pelas quedas da sinistralidade e da receita de resseguros, devido ao volume menor do prêmio emitido. Além disso, registramos aumento no resultado financeiro de resseguro pela variação das taxas de desconto e pelo alongamento da curva de pagamentos dos sinistros já provisionados”, afirma Falcão.

O IRB(Re) comunicou, com pesar, que Willy Otto Jordan Neto, diretor estatutário em licença médica, faleceu na tarde do último domingo (12/05). O executivo foi eleito vice-presidente Financeiro e de Relações com Investidores em novembro de 2021 e se afastou em março de 2023. A companhia se solidariza com a família e agradece a contribuição de Willy Otto Jordan Neto na retomada do ressegurador.

A Análise de Desempenho completa está disponível no site de Relações com Investidores da companhia (www.ri.irbre.com).

N.F.
Revista Apólice

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