Os executivos Michel M. Lièsm, Hernán Fatone (foto) e Rolf Steiner, da Swiss Re, apresentaram a ferramenta de telessubscrição da companhia para representantes de seguradoras e corretoras de seguros, em encontro promovido pelo CVG-SP nesta segunda-feira, 21 de março.
A telessubscrição é uma forma de avaliação de riscos de vida e saúde feita por intermédio de entrevistas telefônicas, realizadas por médicos e enfermeiras especializados. De acordo com a Swiss Re, o questionário respondido por telefone substitui a tradicional Declaração Pessoal de Saúde (DPS). Com a utilização do sistema, a assinatura do segurado é dispensada.
Segundo os executivos da Swiss Re, há duas maneiras de trabalhar com o sistema: a telessubscrição, que representa a coleta de dados do usuário, e a Telessubscrição, que é a combinação da coleta de dados com a decisão de aceitar ou recusar o risco. Eles informaram também que, no Brasil, a telessubscrição já é aceita como prova em caso de sinistro.
Modelo de negócios
A ideia é fornecer no Brasil um modelo de negócios que integra a seguradora, a Swiss Re e a Advance Medical, especializada em telessubscrição. A resseguradora oferecerá a ferramenta de subscrição (Magnum) e treinará e monitorará a Advance Medical, que terá seu sistema ligado à seguradora. O objetivo é que o custo seja basicamente o contrato de resseguro, pois o serviço prestado pela Advance Medical estará a cargo da Swiss Re.
Entre as principais vantagens apresentadas estão a agilidade na aceitação dos riscos; redução dos custos – já que não será necessária a solicitação de exames adicionais-; e diminuição de omissões e falsas declarações – pois as pessoas se sentem mais à vontade ao conversar com médicos e enfermeiros e, portanto, acabam respondendo as questões de forma mais satisfatória.
Questionado sobre como convencer o cliente a responder o questionário pelo telefone, Fatone deu a dica: “Nós explicamos que provavelmente o preço da apólice será menor, porque haverá mais detalhes e teremos um controle melhor do risco”.
No Brasil, a Swiss Re calcula que a aplicação da telessubscrição em produtos de vida e saúde pode melhorar em 4% a taxa de aceitação, representando um acréscimo de 3,8 mil apólices extras a cada 100 mil subscritas. De acordo com o executivo Hernán Fatone, o seguro de vida no País “será mais acessível para vidas ‘standard‘ e ‘agravadas'”.
Por enquanto, aqui a companhia só oferece a telessubscrição voltada ao mercado de Vida. Mas a ideia é utilizar para o setor de saúde em pouco tempo. Fatone citou como o sistema é aplicado no exterior. “No leste europeu e na Espanha já trabalhamos com saúde. Lá, para calcular o risco e o valor partimos do princípio que a pessoa é saudável. Se há agravamentos, o cliente saberá que isso gerará um cust maior no plano”, disse Fatone.
No Brasil ficará difícil utilizar o procedimento da mesma forma, por causa da legislação. “Teremos de analisar como podemos fazer antes de iniciar as atividades aqui”, completou.
Jamille Niero
Revista Apólice