Os gestores de riscos estão vez mais visíveis e ativos em suas organizações e estão exercendo maior influência sobre as decisões estratégicas, segundo o executivo sênior da Marsh. Em conferência sobre Gerenciamento de Riscos da América Latina da Asociación Latinoamericana de Administradores de Riesgos y Seguros (ALARYS), nas Bermudas, Alex Moczarski, presidente da divisão internacional da Marsh, disse que os acontecimentos recentes destacaram a necessidade de uma abordagem da gestão de riscos que envolva a empresa como um todo. Moczarski afirmou que, embora a gestão de riscos individuais tenha sido historicamente vista por muitas empresas como uma “função operacional auxiliar”, a crise financeira global e o terremoto chileno ilustraram o crescimento das interdependências dentro das organizações e das economias no mundo.
“Com as empresas focando menos no ?seguro? e mais em gestão de riscos, o papel do CRO (Chief Risk Officer) nas organizações tornou-se mais crucial. Isto é especialmente verdadeiro, já que as questões relativas a riscos e governança tornaram-se mais importantes durante a crise financeira global”, observou Moczarski.
Os Boards de Diretores, CEOs e profissionais de risco estão prestando mais atenção aos riscos estratégicos e operacionais não seguráveis historicamente, incluindo os decorrentes de fusões e aquisições. Além destas responsabilidades ?expandidas?, a esfera de ação do gestor de risco também está crescendo. Moczarski acrescentou que “os gestores de risco estão cada vez mais desempenhando um papel em divisões que operavam tradicionalmente em ?silos?, separadas de outras operações, incluindo tesouraria, saúde e segurança, continuidade de negócios, recursos humanos, compliance e tecnologia da informação?.
Segundo ele, os gestores de risco estão cada vez mais focados no outro lado do risco envolvendo fornecedores-chave, parceiros de joint venture, as seguradoras e outros, cujas performances financeira e operacional têm significativa importância para a empresa. O alinhamento entre a excelência operacional em gestão de riscos e a governança corporativa possibilita aos gerentes de risco influenciar o pensamento, direção e também a cultura da organização.
À medida em que o papel do gestor de risco evolui, Moczarski também tem notado a crescente disponibilização de ferramentas analíticas para identificar e quantificar os riscos organizacionais. O executivo citou exemplos destas ferramentas disponíveis para os clientes da Marsh, incluindo o Marsh 3D, uma solução de planejamento estratégico de risco, e o Marsh Market Information, uma ferramenta acessível via web que fornece informações sobre a saúde financeira e ?security? das seguradoras.
J.N.
Revista Apólice
