Os desastres ambientais que atingiram o Brasil em 2024 geraram prejuízos de bilhões de reais ao mercado de seguros. O Rio Grande do Sul que ocupa a segunda posição no ranking de contratações do seguro rural, a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) prevê perdas superiores a R$ 3 bilhões apenas no setor agropecuário. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) estima que a produção rural gaúcha pode levar até uma década para voltar a ter as mesmas condições produtivas.
Para atender a demanda por profissionais especializados no tema, a Escola de Negócios e Seguros (ENS) lançou a Certificação Avançada em Seguro Rural. Desenvolvido para capacitar profissionais a compreenderem as especificidades do seguro rural, o curso oferece um aprofundamento em estratégias e práticas essenciais para o gerenciamento de riscos agrícolas, abrangendo tópicos como análise de risco, subscrição, regulação de sinistros e gestão de carteiras de seguros rurais.
Com carga de 18 horas, o programa tem sua primeira turma confirmada. Ministradas de forma on-line ao vivo, as aulas terão início em 7 de outubro e as matrículas seguem abertas até o dia 4. Diante do aumento da quantidade e da gravidade de sinistros ambientais, a relevância do seguro rural se torna cada vez mais evidente. Essencial para proteger as atividades agrícolas, a modalidade vem ganhando destaque no mercado brasileiro. Com isso, cresce também a necessidade de profissionais capacitados para atuar nesse segmento.
Mercado em expansão
Segundo Joaquim Francisco, presidente da Comissão Técnica de Seguros Rurais da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), o seguro rural é atualmente o terceiro maior grupo de seguros comercializados no Brasil, tendo arrecadado cerca de R$ 13,9 bilhões em 2023. “Isso representa 11,2% do mix de mercado, ficando atrás apenas dos seguros de Automóvel e Patrimonial”, revelou.
O desempenho do seguro agrícola, uma das modalidades do seguro rural, comprova ainda mais a força do setor, representando 11,7% do Prêmio Emitido Líquido (PEL) de 2023. “Nos primeiros seis meses de 2024, os Seguros Rurais registraram um crescimento de 0,7% em comparação ao mesmo período do ano anterior, conforme dados da Susep, demonstrando a importância e a resiliência do setor”, concluiu Francisco.