Garantir um futuro mais previsível e confortável é um dos principais desejos do brasileiro. Uma pesquisa divulgada recentemente pela Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência e Vida) reforça a preocupação com a etapa madura da vida: 57% dos entrevistados disseram que terão de cortar gastos na aposentadoria se quiserem viver apenas com o benefício do INSS.
Atualmente, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), existem no Brasil cerca de 38 milhões de aposentados e pensionistas, dos quais 64% recebem o salário-mínimo, estabelecido em R$ 1.412,00 para 2024. O fenômeno da longevidade, com aumento de cinco anos na expectativa de vida nas últimas duas décadas, hoje em 76 anos, as mudanças na dinâmica do mercado de trabalho e a reforma da previdência pública tornam o cenário ainda mais desafiador.
“Nesse contexto, a previdência privada, por ser um produto voltado ao longo prazo, com atributos e benefícios que a diferenciam dos demais investimentos, surge como alternativa natural para complementar a renda provida pelo INSS, contribuindo para a conquista da tão sonhada tranquilidade no futuro”, destaca Marcelo Rosseti, superintendente executivo da Bradesco Vida e Previdência.
Mas como funciona a previdência privada?
Somente a título de exemplo, considere-se uma pessoa que tenha renda mensal de R$ 15 mil na ativa. Ao se aposentar, a experiência mostra que, nessa fase, a pessoa necessitará de aproximadamente 70% desse valor para prover seu sustento, o que representa R$ 10,5 mil. Supondo-se que venha a receber o atual teto dos benefícios pagos pelo INSS, de R$ 7.786,02, ainda assim ela precisará de cerca de R$ 2,7 mil para integralizar a renda de que necessita. Para tanto, levando em conta uma rentabilidade anual de 4%, e imaginando que tenha ingressado em um plano de previdência privada aos 35 anos para se aposentar aos 65, deverá contribuir com cerca de R$ 730,00 por mês.
Existem duas modalidades de planos: PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre). Os recursos neles aportados são aplicados em fundos de investimento em previdência.
“No decorrer do chamado período de acumulação, o titular do plano usufrui de diversos benefícios, como isenção da cobrança semestral de Imposto de Renda, o chamado come-cotas, que incide sobre os rendimentos de fundos de investimento que não são de previdência; o instituto da portabilidade, que permite ao investidor trocar de fundo ou até mesmo de gestor sem a incidência de Imposto; escolha do regime tributário, entre progressivo e regressivo; dedução dos aportes e contribuições feitas ao plano em até 12% da renda bruta anual, no caso do PGBL; facilitação do planejamento sucessório; e liquidez aos beneficiários”, afirma Rosseti.
Vale ressaltar, ainda, as diversas opções disponíveis na fase de conversão das reservas em renda, que pode ser vitalícia, temporária ou por prazo mínimo, ou ainda reversível ao beneficiário ou ao cônjuge, entre outras.
“Há várias possibilidades para destinar os recursos acumulados ao longo da vida na fase pós-laboral, como iniciar um empreendimento, gerir os próprios investimentos ou mesmo optar pela aquisição de bens. Todas elas, porém, envolvem uma dose de risco. Já a previdência privada oferece previsibilidade à renda futura, por meio da atualização monetária e de uma taxa de juros utilizada na conversão da reserva em renda”, ressalta o executivo.
Rosseti lembra ainda que a Bradesco Vida e Previdência possui um amplo portfólio de fundos de investimento para todos os perfis, do conservador ao arrojado, sendo a grande maioria com aplicação inicial de apenas R$ 50. “Temos uma plataforma aberta, mas seletiva, contando com a parceria de gestores terceiros de reconhecida competência no mercado, além da Bradesco Asset Management”, conclui.
N.F.
Revista Apólice