Ultima atualização 11 de novembro

Liderança Capitalização se reposiciona e lança produto de Incentivo

EXCLUSIVO – A tradicional companhia Liderança Capitalização, conhecida por seu produto icônico Tele Sena, completa 34 anos de atuação e vive um momento de profunda transformação. Sob o comando de Renato Terzi, CEO da companhia desde 2023, a empresa está se reposicionando no mercado com novas linhas de negócio, forte investimento em tecnologia e um olhar renovado para o cliente e para a força de vendas.

Em entrevista exclusiva à Revista Apólice, Terzi fala sobre o processo de modernização da empresa, os novos produtos de incentivo e filantropia, o papel da inteligência artificial na operação e as perspectivas para o setor de capitalização no Brasil.

Revista Apólice: Sua chegada à Liderança foi marcada por um processo de reposicionamento. Como foi essa transformação e o que vem de novo por aí?

Renato Terzi: A principal mudança foi a entrada em novas linhas de negócios. A Liderança é conhecida pela Tele Sena, que está completando 34 anos e sempre foi o único produto da companhia. Agora, lançamos o produto de incentivo e, no primeiro trimestre de 2026, lançaremos o produto de filantropia, com uma série de outros produtos na sequência.

Também reformulamos completamente o modelo de gestão e a infraestrutura tecnológica. Eliminamos todos os sistemas legados e passivos operacionais, adotando soluções modernas de mercado. Hoje temos uma estrutura tecnológica nova, eficiente e pronta para escalar. Além disso, montamos uma diretoria 100% nova, com foco em pessoas e desenvolvimento profissional. Nosso objetivo é voltar a ser protagonistas no setor, como já fomos no passado.

Revista Apólice: Como se diferenciar em um mercado já consolidado?

Renato Terzi: Nosso grande diferencial é o conhecimento sobre o participante. São 34 anos de experiência com o cliente que compra a Tele Sena, participa dos sorteios e tem uma relação emocional com a marca. Além disso, hoje operamos com baixo custo e alta eficiência, graças ao uso intensivo de inteligência artificial. Isso nos torna extremamente competitivos. Eu mesmo, por muitos anos, fui cliente de produtos de incentivo, então sei onde estão as dores do parceiro.

Desenhamos soluções que eliminam preocupações. O parceiro sabe exatamente quando e como o prêmio foi entregue, sem ruído de comunicação. A experiência do participante final, a eficiência operacional e os custos reduzidos são nossos pilares de competitividade.

Revista Apólice: Quem pode ser cliente da Liderança Capitalização nessa nova fase?

Renato Terzi: Além das seguradoras, que são nossos parceiros tradicionais, também atendemos varejistas, redes de supermercados e empresas de diferentes setores que buscam promover suas vendas por meio de campanhas de incentivo.

O grande destaque, no entanto, é o seguro premiado, que tem enorme apelo junto ao consumidor e à força de vendas. Afinal, em muitos casos, o vendedor também concorre a prêmios.

Revista Apólice: O setor de capitalização sempre teve uma imagem controversa no mercado. Como você avalia esse cenário hoje?

Renato Terzi: É verdade, a capitalização já foi vista como a “ovelha negra” do mercado de seguros, mas isso está mudando. No passado, houve confusão com investimento, o que gerou ruído. Hoje, quando bem operado, o produto de capitalização é uma ferramenta de educação financeira e poupança com um diferencial emocional: o sorteio.

Em dezembro de 2023, foi aprovada a utilização da capitalização como garantia em operações de crédito empresarial, o que abre uma frente de negócios muito interessante. A capitalização pode funcionar como garantia locatícia eficiente, mais acessível que o seguro tradicional e ainda com o atrativo de prêmios.

Sob a marca do Grupo Silvio Santos, prezamos pela credibilidade e pelo bom serviço ao cliente. Essa base de confiança é essencial para fortalecer o setor.

Revista Apólice: Você mencionou tecnologia e inteligência artificial. Esse é um caminho sem volta para as empresas de capitalização?

Renato Terzi: Sem dúvida. Em 2025, estamos realizando o maior investimento da história da companhia: mais de R$ 10 milhões em tecnologia.

Renovamos toda a infraestrutura e reconstruímos nossos sistemas core. Criamos uma política e um comitê de inteligência artificial, com orçamento próprio e soluções já implementadas que impactam diretamente a experiência do consumidor.

Hoje, grande parte das nossas operações utiliza IA — desde processos internos até atendimento ao cliente. Essa é uma transformação real,e o objetivo é um só: gerar benefícios tangíveis para o consumidor.

Revista Apólice: Como você enxerga o futuro da Liderança Capitalização dentro do Grupo Silvio Santos e do mercado de seguros?

Renato Terzi: Vejo a Liderança como uma empresa moderna, protagonista e inovadora. Queremos ser reconhecidos não apenas pelos resultados financeiros, mas pela liderança em inovação, qualidade e percepção do cliente.

Nosso propósito é simples: entregar produtos de qualidade, experiências positivas e reforçar o protagonismo da marca no mercado de capitalização brasileiro.

Somos a Liderança — e queremos fazer jus ao nome.

Renato Terzi

Revista Apólice: Você mencionou que 2025 foi o “ano da descoberta” da inteligência artificial. Como enxerga os próximos passos dessa jornada tecnológica no setor?

Renato Terzi: Na minha visão, 2025 foi realmente o ano da descoberta. Agora, 2026 será o ano da evolução, o salto. E 2027 vai ser o ano da extinção. Quem não estiver inserido nesse novo mundo vai ter muita dificuldade de sobreviver. É um processo sem volta e não vamos esperar o final de 2026 para agir. Vamos entrar nesse novo ciclo já acelerados, preparados para sermos uma das empresas mais eficientes do mercado no uso da inteligência artificial.

Revista Apólice: O que muda, na prática, com essa adoção da IA dentro da Liderança Capitalização?

Renato Terzi: Queremos transformar tecnologia em resultado para toda a cadeia de valor, desde nossos fornecedores até o cliente final, que concorre, ganha ou investe em capitalização. Estamos bem posicionados porque já fizemos investimentos importantes nesse sentido. A inteligência artificial é uma tecnologia de propósito geral, como a energia elétrica ou a internet. Em pouco tempo, ninguém mais vai perceber que está usando IA; ela estará totalmente integrada ao nosso dia a dia.

Revista Apólice: Você acredita que o tema “inteligência artificial” deixará de ser pauta em breve?

Renato Terzi: Sem dúvida. Esse é um ciclo de adoção extremamente veloz. Daqui a três anos, não estaremos mais falando sobre inteligência artificial, porque ela já fará parte natural da rotina das empresas e das pessoas. O mundo será totalmente diferente do que é hoje e a Liderança estará na linha de frente dessa transformação.

Kelly Lubiato

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