Ultima atualização 25 de fevereiro

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Insurtechs brasileiras olham para dentro, mas se destacam na Latam

Mapfre Innovation Summit traz especialistas para discutir as insurtechs no Brasil e como elas podem contribuir para o crescimento do mercado
Hugues Bertin, Leire Jimenez e Hugo Assis
Hugues Bertin, Leire Jimenez e Hugo Assis

EXCLUSIVO – Um olhar atento para as necessidades dos clientes, considerando principalmente aqueles sem acesso ao mercado de seguros. Esta é uma das metas da Mapfre no Brasil, que reuniu especialistas para discutir o destino das insurtechs na América Latina no evento Mapfre Innovation Summit, na manhã de hoje.

O CEO da empresa, Felipe Nascimento, destacou o espírito empreendedor e tecnológico dos brasileiros, apontando que 145 milhões estão conectados pelo WhatsApp e que 65% das pessoas conectadas utilizam as mídias sociais para fazer compras. “Somos 10º país que mais publica artigos científicos. Por outro lado, 18 milhões de pessoas vivem em favelas e, dessas, 5 milhões tem algum tipo de empreendimento. Portanto, o caminho para o crescimento do mercado está no relacionamento com o cliente e na produtividade, pontos que devem ser o alvo da inovação. O cliente é imeditista e exige hipersonalização”, sentenciou.

O francês especialista global em insurtechs, Hugues Bertin, apresentou um mapa destas empresas na América Latina, que faz parte do Latam Insurtech Journey, publicação que também será distribuída em português em 2025. A América Latina possui 502 insurtechs de diversas áreas. Só no Brasil são 206 empresas.

“O Brasil é um mercado muito grande e muito inovador. Ele lidera o setor de inovação na América Latina, com o apoio do regulador (com políticas como o Sandbox regulatório e o Open Insurance). Eu creio que as insurtechs brasileiras ainda olham muito para o mercado interno, mas isso deve mudar. Vejam o exemplo do Nu Bank, que nasceu aqui e já está se expandindo para o México. O mundo está se abrindo e muitas insurtechs internacionais também virão para cá”, ratificou Bertin.

Como tendências para o futuro, ele afirmou que a distirbuição cada vez mais será por produtos incorporados, como o exemplo citado do Nu Bank, Mercado Livre e Sem Parar; outra tendência envolve os produtos ligados à saúde, longevidade, bem-estar e benefícios para empregados; por fim, ele mostrou que o Omni Advisor e a Inteligência Artificial Generativa serão incorporadas à distribuição, principalmente no que diz respeito aos seguros massificados.

“O ecossistema insurtech é muito resiliente na América Latina. O Brasil  está pronto para receber e exportar mais insurtechs. O Open Inusrance e a IA generativa serão dois temas para se ter atenção. Não conhecemos este mundo, mas fazemos parte da transformação, testando e descobrindo para qual direção seguir”, atestou Bertin.

Leire Jiménez, CIO da Mapfre, lembrou que o investimento em insurtechs diminuiu muito no pós-pandemia, mas começa a apresentar uma recuperação. “Os ecossistemas estão se movendo para ambientes de colaboração, mas ainda há desafios. “Há alguns anos as aceleradoras eram corporativas e agora vemos o sistema de Venture Client. Antes trabalhávamos com várias startups pequenas e íamos tentando ver onde elas se encaixavam. Agora, identificamos o problema e buscamos a solução”, comentou Leire.

Hugo Assis, diretor geral de Estratégia e Transformação da Mapfre no Brasil, salientou que ninguém conseguirá fazer sozinho a evolução do mercado que todos esperam. “A colaboração entre insurtechs, empresas de tecnologia, seguradores, parceiros comercias e o regulador é que fará o mercado crescer. Algumas tecnologias vao ajudar a melhorar a vida do cliente, como a IA, que vai melhorar partes da indústria, como cotação, personaliza;ção da oferta, sinistro e pós-venda”.

O evento contou ainda com a participação de Cristiano Saab, CEO da Kimbler; Alexandre Leal, diretor Técnico da CNseg, Rafaela Andrade, partner da Mundi Venture e Gabriel Purkyt, especialista de seguros da BCG.

O encerramento foi realizado pelo superintendente da Susep, Alessandro Octaviani, que declarou que o mercado brasileiro terá um salto de qualidade e de participação do mercado de seguros na economia. Dois exemplos foi a cláusula de Step in dos contratos de seguro garantia e a possibilidade de uso das reservas de previdência para baratear o custo do crédito.

Kelly Lubiato

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