Ultima atualização 25 de janeiro

Setor cresce acima das previsões

A CONFEDERAÇÃO NACIONAL DAS SEGURADORAS DIVULGOU DADOS DO MERCADO ATÉ SETEMBRO DE 2023, QUE MOSTRAM QUE SETOR DEVE AUMENTAR CERCA DE 10% NO ANO

Osetor de seguros emprega 253,7 mil pessoas, em 131 seguradoras, 13 entidades abertas de previdência complementar,
914 operadoras de planos de saúde e 123 resseguradoras.
“O maior problema continua sendo a baixa penetração do seguro,
necessitando a ampliação da cobertura”, declarou Dyogo Oliveira,
presidente da CNseg.
Em 2022, o setor fechou o ano com 432 milhões de indenizações pagas e, em 2023, chegou a R$ 348,2 bilhões até setembro
de 2023. A previsão é fechar o ano em R$ 460 bilhões de pagamentos em saúde. “É uma indústria que gera valor para a sociedade”. A
projeção é de fechar 2023 com R$ 663 bilhões de arrecadação, com
crescimento na casa de 10%. A participação no PIB deve ficar em
6,2%.
O crescimento projetado para 2024 é de 11,7%, com saúde.
O ramo de danos e responsabilidades, sem DPVAT, pode variar até
16,8%.O grande fator que contribui para o crescimento é a empregabilidade e o aumento da renda. A pauta para 2024 inclui a regulamentação do PLC 29, a nova lei para o mercado segurador. O tema
da Sustentabilidade estará cada dia mais na pauta da entidade, com
o seguro para infraestrutura urbana e o seguro social contra catástrofes, além da ampliação do Seguro Rural.
Denis Morais, presidente da Fenacap, falou sobre os números
da capitalização. A parte mais difícil foi incluir a capitalização na lei
14.652/23, como garantia de crédito. São mais de R$ 50 bilhões de
reservas nos próximos dois anos. Para o PL 3954/2023, que oferece
garantia em licitações de obras públicas. “Realizamos um trabalho
de consultoria para fazer a estimativa de consumo de produtos de
capitalização, que deve apoiar o desenvolvimento do setor e as novas iniciativas para que o mercado dê um salto””, apontou Morais.
A estimativa de potencial de consumo indica a possibilidade
de montantes anuais três vezes superior ao atual. A receita pode sair
de R$ 30 bilhões para R$ 89 bilhões em 2026, podendo atingir a marca de 100 bilhões em reservas em 2026.
Edson Franco, presidente da Fenaprevi, ressaltou que o Brasil continua como um país de grandes oportunidades. Somadas, as
reservas de previdências fechadas e abertas representam 25% do
PIB. 2023 foi um ano de recuperação da captação líquida, com recuperação no segundo semestre e crescimento de 13% até outubro
de 2023, com aumento da captação bruta e aumento dos resgates.
“Mesmo neste contexto, crescemos no volume de participantes. Não houve redução. Mais da metade dos brasileiros quer parar
de trabalhar aos 60 anos, mas apenas 30% acham que vão conseguir. 4 em cada 10 dizem que pretendem viver da aposentadoria
do INSS, mas a maioria não sabe o valor que irá receber do poder
público”, ponderou Franco.
Percebe-se um nível de conscientização maior, com as pessoas falando
sobre morte, o que aumentou a penetração dos produtos de vida e proteção de
renda.
Manoel Antonio Peres, presidente
da Fenasaude, disse que vivemos nos últimos tres anos uma convergência de fatores negativos, como a questão dos custos
assistenciais, que aumentaram exponencialmente durante a pandemia; aumento
das fraudes e do desperdício.
“O resultado operacional foi negativo em 2021, 2022 e 2023. O setor arrecadou R$ 190 bilhões e gastou quase a mesma coisa. O setor sobrevive do resultado
financeiro, com índice combinado maior
que 100”, lamentou Peres. A sinistralidade
do setor está na casa dos 88%. O combate
às fraudes é um trabalho árduo. Cerca de
R$ 30 bilhões a R$ 34 bilhões, em 2022,
foram gastos em fraudes e desperdícios.
Antonio Trindade, presidente da
Fenseg, informou que até setembro a
arrecadação foi de R$ 93,4 bilhões e indenizações de R$ 41,9 bilhões. São 45%
de toda a arrecadação do mercado segurador. Entre os destaques, as mudanças
climáticas impactaram diretamente o seguro rural. O seguro garante a sustentabilidade do agronegócio, que responde por
25% do PIB nacional. “Estamos trabalhando em parceria com o Governo Federal
para fazer um aumento da subvenção ao
prêmio do seguro rural. Já foi pedida até
uma suplementação da verba disponível,
de R$ 1 bi para R$ 2 bi para a próxima safra”, avisou Trindade.
As mensagens dos presidentes das
Federações e da CNseg são muito claras:
para fazer o mercado crescer, é preciso
que haja renda, condições econômicas
melhores e muita comunicação, para
mostrar à população o que o mercado de
seguros pode fazer por ela.

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