EXCLUSIVO – A Conferedeção Nacional das Seguradoras lançou hoje o PDMS – Plano de Desenvolvimento do Mercado de Seguros, um conjunto de várias ações que visam o aumento da participação do setor na economia e o crescimento da proteção de seguro entre a população de forma geral. O presidente da entidade, Diogo Oliveira, ressaltou no evento de lançamento que é a população mais pobre a que mais necessita de coberturas do seguro. O setor quer mostrar a sua relevância para a economia, já que financia 25% da dívida pública brasileira.
As sessenta e cinco ações tem o objetivo de ampliar em 20% a população atendida pelo setor de seguros; elevar as indenizações, resgates e pagamentos de beneficios x PIB, chegando a 6,5%; aumentar a receita do setor x PIB, para atingir a marca de 10%. “O PDMS depende do engajamento de toda a indústria do seguro, previdência privada, capitalização e saúde suplementar. Todos precisam se engajar porque a indústria dos seguros contribui para melhorar a qualidade de vida dos brasileiros”, enfatizou Oliveira.
Marcos Barbosa Pinto, secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, disse que o MF acredita que o mercado de seguros é fundamental para o país. “Sabemos que ele é importante para as empresas e para os cidadãos, e também para a economia, pelo financiamento do desenvolvimento”, pontuou o secretário, acrescentando que o diagnóstico da secretaria está alinhado ao do setor, que é de expansão. “Estamos abaixo de outros países da OCDE e até dos nossos vizinhos regionais em termos de participação no PIB”.
Por isso, é preciso facilitar o acesso das empresas ao mercado, assim como motivar os novos entrantes. Pinto destacou que será necessário revisitar a regulação, torná-la mais eficiente, mas sem perder a segurança. “Temos caminhos para melhorar a eficiência do setor sem colocar riscos para o consumidor. Precisamos melhorar a arquitetura institucional do setor regulatório, regido por leis antigas”.
“A nossa prioridade, jogando no ataque, não é apenas de formulação de políticas públicas, mas de reformas. A secretaria que não quer parar na formalução, mas entregar reformas que possam ser relevantes para o mercado. Entre as reformas, no âmbito do setor financeiro, as cooperativas de crédito tiveram um grande crescimento no mercado. Existe possibilidade de usar estas cooperativas no mercado de seguros?”, questionou Pinto.
Lucas Vergilio, presidente da Escola de Negócios e Seguros, declarou que este é o momento de ter uma pauta desenvolvimentista. A escola está preparada para treinar e capacitar todos os entes do mercado de seguros. “A ENS está focando em produtos que focam esta consciencia, incentivando o consumidor a entender o setor. Como a porta de entrada do mercado é o seguro de automóveis, preparamos um curso com informações sobre contratação, sobre o que é seguro e direção defensiva, com a Associação Brasileira de Medicina do Tráfego”, ressaltou.
Armando Vergilio, presidente da Fenacor, disse que a iniciativa veio em boa hora, pois o mercado é fundamental para a economia brasileira, com mais de 120 mil corretoras PJ e PF que conferem capilaridade à distirbuição de seguros, com quase 90% de todos os contratos.
Vergílio lembrou da Infraestrutura Brasileira de Proteção ao Risco, uma plataforma tecnológica como base sólida para o desenvolviemnto do mercado de seguros no país, porque democratiza o acesso a novas tecnologias, tanto de corretores como de consumidores. “Temos muito a ser feito. Somos 8a. ecnomia no mundo e 18a, mercado de seguros. Este documento será mola propulsora do mercado de seguros”, previu.
Carlos Queiroz, superintendente interino da Susep, informou que as atividades da autarquia não pararam neste período de transição, mas que não é hora de fazer mudanças bruscas e mirabolantes. Sobre o PDMS, disse que os quatro eixos conversam com a principal missão da Susep, de proteger o segurado e o mercado como um todo. “Fico feliz que o Plano foi pensado, elaborado e definido pensando no consumidor, aquele que financia o mercado e busca nos contratos proteção para seu patrimônio e vida”.
Por fim, Roberto Santos, presidente do Conselho da CNseg, declarou que apesar do quadro econômico e político difícil, o mercado continua cresccendo a dois dígitos. “Foi um programa desenvolvido a muitas mãos, cujo obejtivo é aumentar a percepção da quelidade da proteção que o mercado proporciona. Está na hora de mostrar o que devolvemos à sociedade, que é a entrega do setor”.
“O engajamento de todos é vital para o sucesso deste Plano. Que nos debrucemos sobre o Plano e que em 2030 estejamos em um patamar que a instuição merece e a população necessita”, sentenciou Santos.
Kelly Lubiato
Revista Apólice