Ultima atualização 17 de fevereiro

Roubo e furto de motos cresceram 30% e 42%, respectivamente, em São Paulo

Número é 29% maior do que antes da pandemia. Boletim Tracker-Fecap traz as cidades e bairros de São Paulo mais perigosos

O Estado de São Paulo registrou um total de 39.462 roubos e furtos de motocicletas, no ano passado. O número é 38% maior do que em 2021. A principal alta foi na modalidade de furto, 42%, que também apresenta um volume maior de eventos, na comparação com roubos, que cresceu 30%. Os dados são do Boletim Tracker-Fecap, que acaba de ser divulgado.

Tabela 1 – Estados de São Paulo – Ocorrências de Roubo20212022Var%
jan74985514%
fev68881518%
mar716115962%
abr65999651%
mai677111364%
jun685102449%
jul773692-10%
ago867835-4%
set985110212%
out997156757%
nov1291164828%
dez1513199132%
Total Geral106001379730%
Tabela 2 – Estados de São Paulo – Ocorrências de Furto20212022Var%
jan1224159831%
fev1223159831%
mar1209212976%
abr1201193061%
mai1357187938%
jun1342189841%
jul14071078-23%
ago16771634-3%
set1702262354%
out1852291357%
nov1796315576%
dez2037323059%
Total Geral180272566542%

O mês de dezembro é o mês mais perigoso, nas duas modalidades. Segundo o coordenador do Departamento de Pesquisas em Economia do Crime da FECAP, Erivaldo Costa Vieira, “há uma tendência sazonal nos dados, com os meses de dezembro tendo ocorrências mais elevadas e os meses de julho com menos ocorrências. Esta informação pode ser útil para aplicar medidas preventivas eficazes e ajustar estratégias de segurança para a região em questão”.

O coordenador do Comando de Operações do Grupo Tracker, Vitor Corrêa, destaca que o crescimento dos delitos atingiu as motos de baixa e de alta cilindrada. “O comércio ilegal de peças é o principal motivador. Com veículos que chegam a custar na casa dos 6 dígitos, a falta de fiscalização desses locais e a falta de consciência da sociedade em exigir a nota fiscal na compra de uma peça usada contribuem para o crescimento constante deste mercado ilícito”, afirma. Ele acrescenta que a expansão de empresas do ramo e-commerce, aplicativos de entregas e até mesmo a popularização do home office contribuíram diretamente para impulsionar a exposição de veículos desta categoria nas ruas e os delitos de roubo e furto aumentam, proporcionalmente.

 “O crescimento de crimes concorrentes como extorsão mediantes sequestro (PIX) e Golpe do Aplicativo de Amor também colaboram com a elevação dos roubos e furtos de motos, por desviar recursos materiais e humanos da segurança pública para coibir esses crimes”, corrobora Vieira.

Tabela 3 – Participação cidades % no total de roubos de motocicletas
S.PAULO38,34%
S.BERNARDO DO CAMPO5,68%
GUARULHOS5,31%
CAMPINAS4,77%
S.ANDRE3,60%
DIADEMA3,08%
OSASCO3,05%
MAUA2,23%
ITAQUAQUECETUBA2,21%
COTIA1,70%
Tabela 4 – Participação cidades % no total de furtos de motocicletas
Municípios20212022
S.PAULO44,66%39,29%
CAMPINAS2,61%3,39%
OSASCO3,09%3,06%
S.ANDRE2,14%3,00%
SANTOS3,15%2,74%
S.BERNARDO DO CAMPO2,21%2,38%
S.VICENTE1,33%1,85%
GUARULHOS2,03%1,83%
CARAPICUIBA1,93%1,83%
RIBEIRAO PRETO1,35%1,75%
S.JOSE DO RIO PRETO1,49%1,68%

Costa destaca que São Paulo diminuiu a participação percentual nas ocorrências de furtos, enquanto Campinas, Santos e São Bernardo do Campo aumentaram a participação, indicando uma possível transferência dos furtos para essas localidades. “É importante destacar ainda que houve uma variação significativa na participação de São Vicente, que teve uma elevação de 1,33%, em 2021, para 1,85% em 2022, e Guarulhos e Carapicuíba, que tiveram uma pequena queda em suas participações percentuais. Em geral, os dados indicam que houve uma mudança na concentração dos furtos de motocicletas em diferentes cidades, o que pode ser importante de ser monitorado e investigado para que medidas possam ser tomadas para prevenir futuros furtos”, alerta.

Cidade de São Paulo

As ocorrências de roubo cresceram 21% na capital paulista, entre 2021 e 2022. Já as de furto foram 26% maiores.

Tabela 5 – Cidade de São Paulo – Ocorrências de Roubo
Ocorrências de Roubo20212022Var%
jan31035214%
fev28135326%
mar29146459%
abr27640045%
mai24943173%
jun27736431%
jul356236-34%
ago368308-16%
set447396-11%
out41759142%
nov50864226%
dez60675324%
Total Geral4386529021%
Tabela 6 – Cidade de São Paulo – Ocorrências de furto
Ocorrências Furto20212022Var%
jan49161726%
fev52369533%
mar54193773%
abr53883154%
mai63669710%
jun66978317%
jul663322-51%
ago815523-36%
set818106831%
out887114829%
nov739125770%
dez730123469%
Total Geral80501011226%

Bairros mais perigosos  

Os bairros de Santo Amaro, Itaquera e Pedreira tiveram aumento significativo na quantidade de roubos, com variações de 45%, 67% e 63%, respectivamente. Já Capão Redondo, Campo Limpo e Jardim Ângela registraram redução na ocorrência de roubos, com variações de -7%, -4% e -13%, respectivamente.

Tabela 7 – Os 10 bairros com maior ocorrência de roubo20212022Var%
CAPAO REDONDO162151-7%
SANTO AMARO8812845%
ITAQUERA6911567%
CAMPO LIMPO116111-4%
JARDIM ANGELA125109-13%
PEDREIRA6410463%
PIRITUBA6810149%
VILA ANDRADE739530%
JD SÃO LUIS9492-2%
JABAQUARA658734%

Já os bairros com crescimento mais significativo de furtos foram Lapa (50%), Jardim Paulista (36%) e Santo Amaro (35%). Houve uma redução nas ocorrências em bairros como Santana (-8%) e Itaim Bibi (-6%).

Tabela 8 – Os dez bairros com maior ocorrência de furtos20212022Var%
LAPA22333450%
TATUAPE30233210%
BELA VISTA25027610%
VILA MARIANA2522738%
JARDIM PAULISTA20127336%
SANTANA289265-8%
ITAIM BIBI248233-6%
SANTO AMARO17223335%
MOOCA18423025%
PINHEIROS18122022%
Total Geral2302266916%

Dados são maiores do que antes da pandemia

O estudo traz ainda um comparativo com 2019, ano anterior a pandemia da Covid-19. De lá para cá, a alta foi de 29% no total de eventos por ano, em todo o Estado de São Paulo. As ocorrências de roubo cresceram 15% e de furto 37%.

Estado Roubo Furto TOTALCapital Roubo Furto TOTAL
2019 1196018684306442019 5108745712565
2020 965314224238772020 393359429875
202110600180272862720214386805012436
2022137972566539462202252901011215402
variação 2019 x 2022 (%): 15,3637,3628,78 3,5635,6022,58

“Não temos dúvidas que este panorama não deve melhorar, muito pelo contrário, estamos sempre buscando investimento em tecnologia, capacitação e prevenção como estratégias contra os criminosos. Por isso, contratar um seguro para proteger o bem e/ou investir em um rastreador é de fundamental importância. Hoje existem diversas opções no mercado para atender a necessidade de todos”, aconselha Corrêa.

N.F.
Revista Apólice

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