Ultima atualização 01 de novembro

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CQCS Insurtech: Tecnologia deve trabalhar pelo seguro inclusivo

EXCLUSIVO – Trazer mais consumidores para o mercado de seguros é um dos maiores desafios do setor, que passa a ser mais possível a partir do uso intensivo da tecnologia. A aplicação dos seguros embutidos, por exemplo, abre as portas do setor para um novo perfil de consumidor. Pelo lado dos seguros de pessoas, quanto mais conhecimento do indivíduo e da forma como ele conduz sua vida, maior é a possibilidade de criar produtos mais adequados. Entretanto, há o risco de incorrer na anti-seleção de risco. Estes e outros temas foram debatidos no CQCS Insurtech & Innovation, realizado em São Paulo.

O futuro do seguro pode estar no entendimento de que as relações evoluíram e as indústrias passaram a ter um papel diferente e mais especializado. No caso dos automóveis, por exemplo, é possível que os veículos autônomos já saiam de fábrica segurados. Jonathan Kalman, CEO da EOS Venture Capital, disse em uma palestra que o “seguro auto é uma história mais complexa, porque a indústria automobilística esta se transformando em uma indústria de mobilidade e cada uma delas vai oferecer vários veículos. A solução de seguros vai ser diferente para cada um. Quem tiver a ideia de juntar o que existe para oferecer um produto ideal sairá na frente”.

Dhaval Chadha, CEO Justos, insurtech de seguro automóvel, disse que é importante olhar o consumidor no centro de tudo. Ele citou quatro macro tendências do mercado de automóveis: carro conectado, com vários sensores para que ele possa fornecer informações, desde ajudar a estacionar, para encontrar gasolina mais barata etc. Vai fazer carro e seguro caminhem na curva da experiência; carros compartilhados, cuja abertura, desbloqueio, pagamento, seguro, é tudo feito e pago pelo app; carros elétricos; e carros autônomos, cujo seguro deve ser pago pelas montadoras, porque não há motorista responsável.

“O impacto no mercado de seguros é que as apólices precisarão ser adaptadas, com novos modelos de risco. Ainda demora para este cenário se concretizar e ser relevante na vida de todo mundo”, acredita Chadha.

Kelly Lubiato
Revista Apólice

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