Ultima atualização 30 de setembro

Modelos flexíveis de seguros são alternativa contra aumento de preços

Executivo conta que a mudança no planejamento de finanças e nos modelos de seguros podem revolucionar o mercado

No primeiro semestre deste ano, o mercado de seguros cresceu 19,6%, em relação ao mesmo período de 2021, faturando R$80 bilhões. Para não perder o consumidor, oferecer modelos flexíveis de seguros pode ser um diferencial competitivo e uma alternativa para o momento inflacionário que o mundo atravessa.

A persistência dos preços mais altos cria um desafio claro, especialmente para as economias em desenvolvimento, porque gera a necessidade de inovar na solução do problema que afeta tanto as empresas, pela possível perda de clientes, como o consumidor, que pode vir a abrir mão do serviço pela impossibilidade de pagar.

Alberto Vargas, CFO na Liberty Seguros do Brasil, explica que o mercado de seguros precisa avançar junto com a necessidade do público. “Atrair o consumidor com opções inovadoras de seguros não deve ser exceção. Uma transformação que está acontecendo no seguro de automóveis é a personalização, você poderá ajustar seu seguro com base no que você precisa ou pode pagar, aumentando ou diminuindo seu nível de cobertura de acordo com o uso do carro e garantindo que não pague a mais pelo seguro”, comenta.

Além disso, a inovação também precisa atingir os colaboradores das empresas. Vargas aponta que a Liberty se adaptou ao modelo híbrido, que foi desenvolvido para acompanhar as transformações do mundo, promover conexões significativas entre os funcionários e oferecer maior flexibilidade.

O modelo aproveita as tecnologias digitais dentro do grupo, ajudando os colaboradores a se conectarem de onde estiverem, favorecendo as interações significativas tanto no físico como no digital por meio de plataformas de comunicação que reforçam a co-criação.

Outra forma de aumentar a produtividade é o uso de RPA, que pode automatizar certas tarefas e processos dentro dos escritórios e permitir que os funcionários gastem tempo em trabalhos de maior valor. É a técnica de IA mais comumente implantada entre empresas corporativas. A RPA eventualmente aumentará a produtividade.

O especialista ressalta que para otimizar a experiência do consumidor e trazer mais resultados, também é preciso tornar o tempo do colaborador mais produtivo. A modernização da tecnologia não equivale à transformação digital: o cliente, os colaboradores e o fluxo de trabalho, juntamente com os recursos de tecnologia, devem estar no centro de todas as iniciativas de transformação.

“Um exemplo é a plataforma da Liberty de seguro de vida, Meu Momento de Vida, em que é possível inserir informações pessoais e ter acesso rápido a preços adequados como experiência personalizada. Mesmo com a adoção recente, a ferramenta permitiu que os 20 mil corretores no Brasil aumentaram, em média, as vendas do seguro de vida em 30%”, finaliza.

Automatização faz parte do processo de inovação em finanças?

O CFO da Liberty Seguros no Brasil ressalta que o consumidor busca mais soluções personalizadas e práticas. “É preciso criar uma transição contínua para uma nova geração de compradores de linhas pessoais, de automóveis e de vida que estão mais propensos a optar por interações virtuais, aplicativos do-it-yourself e modelos de cobertura alternativos”, explica o executivo.

Além disso, existem outras propostas de inovação aliadas à tecnologia que podem tornar a experiência do consumidor mais ágil e prática, como a adesão do Pix pelas principais seguradoras do país, em dezembro de 2020. A modalidade de transferência e pagamentos instantâneos, sem taxas ou impostos, rapidamente ganhou a preferência dos brasileiros.

Segundo Vargas, existem processos de trabalho que podem ser adequados para tornar mais fluida e prática a experiência do consumidor. Um ponto dessa mudança é o uso de Inteligência artificial (IA), chatbots, big data e análises preditivas avançadas, Blockchain, Internet das coisas (IoT), telemática.

A próxima geração de finanças está sendo impulsionada pela convergência com a ciência de dados. As equipes de planejamento estão cada vez mais se voltando para oportunidades para desenvolver processos de relatórios automatizados, economizando tempo considerável para os profissionais de finanças e liberando-os para se concentrar em projetos mais prioritários.

Os recursos tecnológicos permitem que as organizações financeiras executem análises de cenário flexíveis e criem previsões financeiras contínuas para definir receitas e gastos para os próximos períodos fiscais. As empresas iniciaram a primeira onda de modernização nessa categoria, quebrando a função de planejamento de planilhas manuais e desconectadas e movendo-a para seus sistemas de registro hospedados na nuvem.

A Internet das Coisas (IoT) também pode ser aprimorada, trazendo conectividade para bilhões de dispositivos físicos em todo o mundo equipados com sensores e software, atualmente conectados à internet para coletar e compartilhar dados. Dentro disso, existe potencial de uso do recurso em vários tipos de seguro:

1) Informações sobre o comportamento do motorista para seguro de veículo automotor;

2) Aplicações inteligentes, incluindo alarmes de segurança para seguro residencial;

3) Dispositivos de rastreamento de condicionamento físico para seguro de vida e saúde.

A computação em nuvem também trouxe inúmeras vantagens para o setor financeiro em várias áreas como serviço, segurança, inovação e escalabilidade. Organizações financeiras estabelecidas estão competindo para fornecer a clientes finais usuários com mais velocidade e confiabilidade e oferecem serviço escalável 24 horas por dia em seus produtos e serviços digitais.

“Nos próximos anos, tecnologias transformarão todos os processos das empresas, incluindo como comercializamos, colaboramos, treinamos e inovamos. Temos que apontar as tecnologias para criar valor e melhorar a jornada do cliente”, finaliza.

N.F.
Revista Apólice

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