Ultima atualização 20 de setembro

Boletim da CNseg vê possível disputa entre as políticas fiscal e monetária

Fenômeno semelhante ocorre nos mercados globais, nos quais os indicadores de atividade e os dados de inflação apresentam sinais difusos

O novo Boletim de Acompanhamento das Expectativas Econômicas (AEE) da CNseg traz indicações de que o País vivencia um momento de “disputa” entre as políticas fiscal (expansionista) e monetária (contracionista), dificultando antever o fim do ciclo de alta dos juros básicos. Fenômeno semelhante ocorre nos mercados globais, nos quais os indicadores de atividade e os dados de inflação apresentam sinais difusos, obrigando-os a refazer suas projeções.

Nesse cabo de guerra entre as políticas fiscal e monetária, o Banco Central elevou o tom nos últimos dias, fazendo parte do mercado crer em um novo aumento de 0,25p.p. na taxa Selic, na reunião do Copom desta semana. Apesar disso, as projeções para a Selic não mudaram, permanecendo em 13,75% para o final deste ano e 11,25% no final de 2023, de acordo com a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central.

“Há meses vimos enfatizando que a política monetária, no Brasil e nas principais economias do mundo, estaria mais dependente dos dados neste momento em que é difícil, por inúmeros fatores, determinar em que ponto do ciclo econômico nos encontramos. Ou seja, uma atuação menos condicionada por uma trajetória pré-determinada e mais dependente do estado recente da economia, retratado pelos dados conforme eles vão sendo divulgados”, afirma o economista Pedro Simões, da CNseg.

Além do Copom, o FED americano define as novas taxas de juros básicos na reunião de quarta-feira (21/09). “Se já era improvável que o Federal Reserve fosse dissuadido de promover um novo aumento acentuado da taxa de juros em setembro mesmo com o CPI vindo baixo, a surpresa do resultado de 0,1% (contra expectativa de deflação) fez com que um novo aumento de 0,75% na reunião desta semana se tornasse a aposta principal dos analistas. A repercussão negativa do número foi tamanha que há aqueles que acreditam em um movimento ainda mais forte, com aumento de 1p.p.. Em 12 meses, a inflação ao consumidor nos EUA ficou em 8,3%, ainda muito próxima do pico de 9,1% atingido em junho”, assinalou o economista da CNseg.

N.F.
Revista Apólice

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