O funcionamento do open insurance é bem similar ao do open banking. A ideia é permitir que os clientes possam autorizar, de forma segura, o compartilhamento de seus dados, para, a partir daí, obter melhores serviços e fomentar a criação de novos modelos de negócio.
Tanto o open banking quanto o open insurance fazem parte de um movimento chamado de open finance, que é justamente a iniciativa de criar um ecossistema integrado, que permite o compartilhamento de dados de forma segura e transparente, incentivando a inovação.
Na estrutura do open insurance, os produtos, serviços, informações e funcionalidades de uma seguradora ficam disponíveis para consumo por qualquer outra e vice-versa. Isso acontece porque elas obedecem ao princípio da reciprocidade, que diz que só é possível ter acesso aos dados se você também os fornecer e o que possibilita isso é justamente o fato de as APIs serem abertas.
Além disso, a tecnologia das APIs abre portas para uma série de inovações, desenvolvimento de novos negócios, aplicativos e soluções, como, por exemplo:
• Facilitar a contratação e cotação de serviços de seguro ou de investimento;
• Portabilidade;
• Aviso de sinistro.
Atualmente, é obrigatória a participação das seguradoras, EAPC (Entidade Aberta de Previdência Complementar) e as sociedades de capitalização das categorias S1 e S2. As Sociedades Iniciadoras de Serviços e Seguros (SISS), apenas mediante credenciamento, de acordo com o normativo específico.
Open Innovation: Partindo do princípio de que duas cabeças pensam melhor do que uma, compartilhar dados e informações entre organizações fomenta os processos de inovação, justamente porque permitem uma ampliação da visualização de um cenário, além de ser possível combinar a expertise de uma outsourcing de TI para a criação de um novo produto, por exemplo.
Experiências Digitais: A pandemia do novo coronavírus intensificou a necessidade por produtos e experiências digitais que, de alguma forma, pudessem aproximar o público com os serviços necessários. A combinação da melhora das experiências digitais do consumidor, com a tecnologia e análise de dados, também está dentro dos objetivos do open insurance e, consequentemente, do open finance.
Novos Modelos de Negócios: O surgimento de novos modelos de negócio é, na realidade, uma consequência dessa iniciativa de open finance. No caso específico do open insurance, tornar os produtos das seguradoras mais acessíveis, agilizar e otimizar processos também fazem parte desse quadro de inovação.
• O que o usuário X consentiu?
• O que o usuário X não quer mais consentir?
• Quais consentimentos o usuário X revogou e como isso te afeta?
Dessa forma, ela garante que as etapas de autenticação entre as instituições receptoras e transmissoras sejam cumpridas, para que esses dados só possam ser fornecidos pelos titulares.
Outro desafio é a padronização no desenvolvimento das APIs, já que elas impactam diretamente na gestão do consentimento e na transação segura das informações. Portanto, é necessário que essas regras estejam bem definidas pelos órgãos reguladores.
• Dados públicos das sociedades supervisionadas;
• Canais de atendimento;
• Produtos disponíveis;
• Marketplace.
Fase 2 – Compartilhamento de dados pessoais (01/09/2022)
• Cadastro de clientes e representantes;
• Movimentações dos clientes relacionadas a produtos;
• Registro de dispositivos eletrônicos;
• Dados individuais de clientes; compartilhado apenas mediante consentimento.
Fase 3 – Efetivação de serviços (01/12/2022)
• Contratação;
• Endosso;
• Resgate ou portabilidade;
• Pagamento de sorteio;
• Aviso de sinistro;
• Foco na melhoria da experiência do consumidor.
A ideia por trás do open insurance se conecta com a aceleração da transformação digital que já vinha acontecendo, mas acabou se intensificando por conta da pandemia do novo coronavírus, em 2020. Até porque, a necessidade por inovação e agilidade foi ao encontro da aproximação com o cliente e o consequente aprimoramento dos estudos relacionados à jornada de compra.