Em boa hora a Susep decidiu investigar produtos similares a seguros de vida e de acidentes pessoais comercializados por associações e pseudocooperativas. Não bastasse a famigerada “proteção veicular”, surge esta novidade perigosa também no ramo de seguros de pessoas.
Faço uma comparação. De acordo com dicionários médicos, a pandemia é uma epidemia de grandes proporções que se espalha numa enorme região, quase sem controle. É uma doença infecciosa, que ataca ao mesmo tempo um grande número de pessoas e mata.
O mercado brasileiro de seguros enfrenta uma pandemia perigosa, das associações de proteção veicular, que agora tem irmãs, que resolveram operar no seguro de pessoas. A pirataria virou uma pandemia séria e periga arrasar para sempre o nosso mercado segurador. Se isto continuar, poderá ser a morte do setor.
O método correto de enfrentar uma pandemia é a vacina. Ela controla e erradica a circulação do vírus e salva vidas.
Este paralelo é fundamental para comparar a ação destruidora das associações e/ou pseudocooperativas para o consumidor e o mercado segurador legalmente estabelecido. Se nós, operadores do mercado de seguros do Brasil (leia-se corretores, seguradores, securitários), quisermos evitar um mal maior, temos o dever de pressionar os deputados federais a aprovarem o Projeto de Lei 3139/15, do deputado federal Lucas Vergílio, que criminaliza a tal “proteção veicular” que é uma pirataria promovida por associações que funcionam como uma “espécie de seguradora”.
Para a ideia da vacina progredir, é preciso nossa mobilização permanente, a pressão constante sobre os parlamentares em Brasília. Unidos, corretores, seguradores e securitários (sim, securitários que perderão seus postos de trabalho caso a pandemia se expanda) devem mandar e-mails, telefonar e exigir uma postura firme pela aprovação do PL em questão.
Sobre o autor
Ricardo Pansera, presidente do Sincor-RS