O mercado de luxo no Brasil não foi dos mais afetados pela crise. Mas será que outros fatores, como a violência, são capazes de deteriorar um bairro até que ele perca seu status? Os clientes do mercado de luxo que moram em determinadas áreas devem se preocupar mais com o aumento da criminalidade e a queda de padrão do que os proprietários que não se encaixam nesse perfil?
O bairro do Morumbi, na Zona Sul de São Paulo, por exemplo, já foi um dos metros quadrados mais caros da cidade. Hoje, perde espaço para locais como Vila Nova Conceição e galga posições no ranking de roubos a residências.
Em uma análise elaborada pelo portal Fiquem Sabendo, com dados da Secretaria de Segurança Pública, adquiridos por meio da Lei de Acesso à Informação, constatou-se que o bairro da Zona Sul teve 95 roubos a residências entre janeiro e outubro de 2016, chegando à primeira posição.
Por ser um bairro que conta com algumas mansões, o mercado de luxo está presente ali. Por isso, a Revista Apólice conversou com Eduardo Dal Ri, vice-presidente de Auto e Massificados da SulAmérica, responsável pela área de luxo da companhia. Ele esclarece que o imóvel, para fazer parte do seguro Premium, depende de diversos fatores que são analisados.
Vale o acordo
Primeiramente, devem-se observar as bases dos valores contratados para coberturas de estrutura e conteúdo. Isso inclui o valor da residência e dos bens. “A região onde o imóvel está localizado é apenas umas das variáveis consideradas no valor do seguro”, esclarece Eduardo.
Entre os outros pontos levados em consideração, como os bens que devem ser cobertos e os tipos de serviços desejados, será levado em consideração ainda aquilo que cliente e corretor julgarem necessários naquele momento da contratação. “Como é o cliente, em conjunto com o corretor, que escolhe os valores, não há variação devido à desvalorização da região”, pontua o executivo.
No final das contas, a frequência dos sinistros de roubo nas residências de luxo têm se mostrado semelhante aos demais tipos de moradias. Os roubos e furtos estão muito mais pulverizados. Por isso, de leste a sul, o mais indicado é estar sempre protegido.
Amanda Cruz
Revista Apólice
