O índice de roubo e furto de cargas no Estado de São Paulo no mês de setembro manteve a curva de crescimento e registrou alta de 39% em relação ao mês de setembro de 2015, segundo dados do Boletim Econômico Tracker-Fecap, elaborado pelo Grupo Tracker e a Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP).
“O que mais nos chamou a atenção foi o crescimento na capital (59%) e Grande São Paulo (22%) que, juntas, correspondeu a 81% das ocorrências em todo o Estado. O aumento foi seguido por Campinas com 6% das ocorrências, Santos 4%, Piracicaba 3%, Ribeirão Preto e São José dos Campos com 2% e Sorocaba com 1%”, afirma Frederico Lanzoni, do setor de Inteligência Competitiva do Grupo Tracker.
As regiões de Araçatuba, Presidente Prudente, São José do Rio Preto e Bauru não foram incluídas no gráfico por apresentarem participação no registro de ocorrências inferiores a 1%.
Para Erivaldo Costa Vieira, coordenador do Núcleo de Estudos da Conjuntura Econômica (NECON), o aumento do desemprego pode ajudar a explicar o avanço nessa modalidade de crime reflete sobre a natureza dos crimes. Ele ainda reflete sobre a natureza dessas ocorrências.
“Diferente do que alguns pensam, o roubo de carga se concentra nas áreas urbanas, são roubos de oportunidade, mercadorias de baixo valor agregado, alimentos, cigarros e bebidas. Itens de fácil permuta no mercado ilegal e de ampla aceitação pela sociedade informal”, diz o executivo.
O crescimento do número de ocorrências concentrou-se em quatro regiões: São José dos Campos, com a maior alta (70%), seguida por Santos (47%) e Ribeirão Preto (15%). A capital paulista e grande São Paulo, que respondem por 81% dos crimes de roubo de carga, registraram crescimento de 12%. Já as regiões de Campinas, Piracicaba e Sorocaba, com base nesse comparativo, registraram queda no número de ocorrências, com destaque para Sorocaba com a maior queda (13%).
L.S.
Revista Apólice