Ultima atualização 29 de setembro

Transformações para alcançar a saúde organizacional

Empresas se deparam com a dificuldade de estabelecer práticas que sejam compatíveis com as necessidades de negocio e que proporcionem uma transformação

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Todos os dias empresas se deparam com a dificuldade de estabelecer práticas que estejam compatíveis com as necessidades de negocio e que proporcionem uma boa saúde organizacional, com crescimento sustentável.
Esse foi o tema do debate promovido pela Escola Nacional de Seguros na manhã da ultima quarta-feira,  28.
Ana Karina Dias e Daniela Anderez, sócias da consultoria McKinsey e Paula Castilho, gerente sênior da companhia, trouxeram um elaborado estudo sobre a maneira como as empresas podem aprimorar o desenvolvimento de seus negócios.
Baseado no conceito de A Grande Idéia, aliando saúde e performance sustentável, elas falaram sobre os motivos dos programas de transformação das empresas darem e não darem certo.”Se esperarmos sempre o momento ideal para realizar a transformação, ele nunca chegará”. É o que acredita Ana Karina. Essa crença está embasada no estudo, que aponta que apenas 30% dos processos funcionam como esperado. Esse baixo índice se mantém nessa média há décadas. A principal razão para isso acontecer é o comportamento humano: líderes não agindo como devem, funcionários resistindo às mudanças.

 

A mudança dessa realidade pode ser ancorada em 3 pilares: alinhamento, habilidade de execução e renovação ( aprender durante o processo). “As organizações gastam muita energia pensando no desempenho, sem trabalhar esses três elementos. Isso acaba não se sustentando”, afirma Ana Karina.

 

Em cima desses pilares encontram-se cinco estágios para promover a implementação de transformação. Aspiração, o primeiro deles, é para saber onde se quer chegar; avaliação, indicando o nível de preparo para chegar onde se almeja;arquitetura, que vida avaliar o que deve ser construído para se chegar lá; a ação para conduzir a jornada e o avanço para seguir adiante. “Ao trabalhar a transformação é preciso olhar também para além desses elementos. Olhar para aquilo que é irracionalmente previsível”, diz Ana Karina.

 

Mas, para colocar tudo em prática é preciso direcionamento claro. Se isso não ocorre, cada colaborador criará a sua e a empresa nunca estará alinhada. “O alinhamento tem que ser decidido antes de começar o processo de transformação”, enfatiza Paula.

 

Existem duas camada principais: a efetividade do trabalho e as prática que são feitas dentro da empresa. É preciso que a organização enxergue com clareza em qual de quatro arquétipos preestabelecidos ela se encaixa, para depois delinear a maneira mais acertada de agir.

 

  • Fábrica de liderança – possui líderes em diferentes níveis e isso não está relacionado apenas com o cargo hierárquico, mas com o posicionamento pessoal de cada indivíduo dentro da empresa e sua capacidade de influência.
  • Formadores de mercado – empresas como o Google e a Apple que ditam o que será estabelecido como necessidade de mercado e dão aos consumidores serviços que às vezes eles mesmos não sabiam que queriam.
  • Melhoria contínua – são as empresas que precisam sempre buscar o aperfeiçoamento, entrando em contato com os colaboradores e reestabelecendo metas sempre que necessário
  • Foco no conhecimento – mais voltado às consultorias e talentos de mercado. São elas que entregam diretrizes e informações

Estabelecido o arquétipo decisões precisam ser tomadas nessa base para saber o que precisa ser feito a partir daquele ponto. Quais são os temas que estão alinhados e quais práticas deverão ser aplicadas dentro do que a empresa quer, do que ela é capaz de obter e oferecer e quão pertinente é o caminho. “Não dá pra ser excelente em tudo, mas as práticas precisam estar bem estabelecidas.

Entender a mentalidade da transformação

Todos na empresa têm seu papel e suas responsabilidades que, ao final, devem ser somadas e agregadas ao bom desempenho do resultado. Aos colaboradores de qualquer nível hierárquico, fica a função de olhar 360° e ajudar naquilo que estiver deficiente, ainda que ele ache que aquela responsabilidade não compete a ele. Oferecer ajuda para que todos cheguem ao resultado almejado.

Sempre existirão funcionário mais motivados, abertos às mudanças e aqueles que resistirão ao novo. E nenhum deve ser abandonado, mas estimulado pelos mais engajados, ajudando-os a ter uma mudança de mentalidade.

Exemplos, incentivo, desenvolvimento de talentos e reforços, essas são as palavras que devem pertencer ao vocabulário das empresas que buscam essa transformação. “Quanto mais as pessoas participam das ações, mais elas se sentem parte daquilo que é conquistado e mais elas valorizam o que está sendo feito”, lembra Daniela.

Dentro dessas mentalidades subjacentes, é preciso inserir outros estágios de ação. As maneiras práticas pelas quais se dará a transformação. A comunicação é a primeira delas e deve ser encarada como essencial. É preciso divulgar o que está sendo feito e capitalizar em cima dessa comunicação. Depois desse ponto vem o incentivo à ação, que traz à tona os detalhes do andamento da situação. Isso serve para saber se o que está sendo feito deve continuar, ou se é melhor recalcular a rota.

Outro ponto é poder contar com a equipe. Muitos desses processos podem envolver demissões, turn over. Quem fica precisa saber que não há o que temer, mas pelo contrário, que a empresa precisa desses colaboradores mais do que nunca. Depois disso, temos o acolhimento de iniciativas que façam a diferença. Por último, o envolvimento dos líderes influenciadores, aqueles que independem de hierarquia para contagiar os outros.

Liderança

,Os líderes precisam estar sempre presentes, devem saber seu papel norteador, mas também saber ser flexível. As executivas da consultoria afirmam que existem quatro estilos de liderança: a autoritária, a desafiadora, de suporte e a consultiva. Ao contrário do que se imagina, nenhuma delas é a solução perfeita para as todas as situações. Ainda assim, Ana Karina aponta que, em momento de transformação a liderança desafiadora é altamente indicada, mas na maior parte do tempo elas devem coexistir em harmonia para que a estratégia alcance seu objetivo.

Líderes se desenvolvem quando são desafiados, mas também com a prática e de forma holística. Toda transformação tem que começar com a liderança.

Amanda Cruz
Revista Apólice

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