Ultima atualização 19 de janeiro

Custo médico-hospitalar registra nova alta, aponta IESS

Estudo revela aceleração no crescimento dos gastos com internações, exames, terapia e consultas. Crescimento foi superior à variação da inflação geral

Custo médico-hospitalar registra nova alta, aponta IESS

O custo das operadoras de planos de saúde com consultas, exames, terapias e internações, apurado pelo Índice de Variação de Custos Médico-Hospitalares (VCMH) do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), teve alta de 17,1% nos 12 meses encerrados em junho de 2015. Novamente, o crescimento foi bastante superior à variação da inflação geral no País, medida pelo IPCA, que registrou elevação de 8,9% no mesmo período. Em relação aos indicadores aferidos em março de 2015, o VCMH acelerou 1,6 ponto porcentual enquanto o IPCA avançou 0,8 ponto porcentual.

“O ritmo de crescimento do VCMH liga um grande alerta para o setor de saúde suplementar no País. É preciso debater a sustentabilidade do setor, que é extremamente importante não só por cuidar diretamente de 51 milhões de vidas”, enfatiza Luiz Augusto Carneiro, superintendente-executivo do IESS. “O aumento do VCMH continua em um ritmo quase duas vezes superior ao da inflação medida pelo IPCA, como constatado no último levantamento, reforçando a necessidade de debater as causas desse problema e apontar as soluções”, ressalta o executivo.

O VCMH/IESS é o principal indicador utilizado pelo mercado de saúde suplementar como referência sobre o comportamento dos custos. O cálculo utiliza os dados de um conjunto de planos individuais de operadoras, e considera a frequência de utilização pelos beneficiários e o preço dos procedimentos. Dessa forma, se em um determinado período os beneficiários usavam em média mais os serviços e os preços médios aumentam, o custo apresenta uma variação maior do que isoladamente com cada um desses fatores.

Carneiro destaca que o principal fator para a alta do VCMH são os gastos com internação, que respondem por aproximadamente 59% do total dos custos médico-hospitalares. O gasto com consultas corresponde a 11% do total dos custos do setor. Os custos de exames e terapias respondem por 15% e 6%, respectivamente.

O VCMH apresenta uma tendência de crescimento para todos os itens de despesa desde fevereiro de 2015. O custo do gasto com consultas, por exemplo, entre fevereiro de 2015 e junho de 2015, teve o maior aumento em pontos percentuais: 6,6. O gasto com internação (maior responsável pelos custos médico-hospitalares) teve aumento de 2,9 ponto porcentual.

Carneiro aponta ainda que a faixa etária dos beneficiários de planos de saúde é um fator crucial na VCMH. “É natural que seja mais caro tratar pessoas acima de 59 anos, dado o surgimento ou agravamento, por exemplo, de doenças crônicas e outros problemas relacionados ao avanço da idade. O fato de os beneficiários de planos de saúde serem mais idosos do que a população como um todo incide diretamente no aumento dos custos médico-hospitalares”, explica. Na base de cálculo do VCMH/IESS, 23,3% dos beneficiários têm mais de 59 anos.

L.S.
Revista Apólice

Compartilhe no:

Assine nossa newsletter

Você também pode gostar

Feed Apólice

Ads Blocker Image Powered by Code Help Pro

Ads Blocker Detected!!!

We have detected that you are using extensions to block ads. Please support us by disabling these ads blocker.

Powered By
100% Free SEO Tools - Tool Kits PRO