Ultima atualização 27 de novembro

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Oferta de ABS para motos ainda é tímida no mercado nacional, aponta Cesvi Brasil

Levantamento analisou 359 versões de motocicletas, motonetas e ciclomotores de 32 montadoras presentes no País

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O Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi Brasil) realizou mais um estudo sobre ABS para motocicletas. Nesta segunda edição a entidade constatou que, apesar da importância nas frenagens de emergência e na redução de acidentes e vítimas, a disponibilidade do sistema ABS para veículos de duas rodas ainda é bem tímida no País. Neste ano, a entidade analisou 359 versões de motocicletas, motonetas e ciclomotores de 32 montadoras presentes no Brasil.

De acordo com o levantamento, apenas 21% desses veículos possuem ABS eletrônico de série, enquanto 10% contam com o item como opcional e 67% não possuem o sistema disponível para compra. Os 2% restantes são de veículos de duas rodas com ABS mecânico nas rodas dianteiras, um sistema baseado em alívio da pressão dos freios por meio de válvulas que não possui a mesma eficiência de frenagem e tecnologia do ABS eletrônico.

Os números são um pouco maiores que os do primeiro levantamento realizado em 2013, onde 16% das versões possuíam ABS eletrônico como item de série, 7% tinham ABS como opcional e 74% não contavam com ABS disponível para compra. No levantamento anterior, os veículos de duas rodas com ABS mecânico representaram 3%.

O documento mostrou ainda que a categoria mais vendida do País, representada por motocicletas de até 125 cilindradas, tem 97% das versões sem disponibilidade de instalação do ABS, nem mesmo como opcional. Os outros 3% são de motocicletas com ABS mecânico nas rodas dianteiras e não há nenhuma versão com ABS eletrônico de série. Na categoria entre 125 e 250 cilindradas, não há nenhuma versão disponível para venda com ABS de série, apenas 1% possuem o ABS eletrônico como opcional e 95% não possuem o sistema disponível para compra. Entre os 4% restantes estão as versões que têm o sistema de ABS mecânico nas rodas dianteiras.

Já entre 250 e 400 cilindradas, o número de versões com ABS eletrônico de série sobe para 5%. Na categoria acima, entre 400 e 750 cilindradas, essa porcentagem sobe para 18%. Já na categoria topo de linha, com versões de motocicletas acima de 750 cilindradas, esse número é mais expressivo e chega a 63%.

Nas motocicletas entre 400 e 750 cilindradas é onde se encontra a maior porcentagem de versões com o item ABS eletrônico como opcional (37%). Outra categoria abordada no estudo é a de motocicletas elétricas, que possuem desempenho tímido, tanto na questão velocidade, quanto nas vendas no Brasil, mas que não possuem nenhuma versão com sistema antitravamento dos freios.

“Embora a oferta do sistema tenha crescido como item de série em 5%, ela ocorreu basicamente em categorias de altas cilindradas, que custam mais e representam uma fatia pequena do mercado. Infelizmente, a maioria dos motociclistas do Brasil ainda não pode contar com a eficiência e segurança do ABS em seus veículos de duas rodas”, diz Almir Fernandes, diretor executivo do Cesvi Brasil.

Segundo o executivo, “com a mídia divulgando cada vez mais informações sobre os benefícios do ABS, a tendência é de que o consumidor cobre cada vez mais as montadoras pela oferta do sistema, aumentando sua popularidade e barateando seu custo”.

L.S.
Revista Apólice

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