Ultima atualização 11 de outubro

Mercado de saúde enfrenta altos custos

Cobertura do XVI Conec – A saúde foi pauta especial do auditório Desenvolver na manhã desse sábado no XVI Conec. Intitulado “Como anda a saúde no Brasil”, a apresentação do painel contou com um material desenvolvido em conjunto por importantes especialistas do setor .

Maurício Lopes, da SulAmérica começou a apresentação destacando a complexidade de todos os entes que participam do mercado, que possuem visões convergentes e divergentes, que precisam ser respeitadas e colocadas em equilíbrio. Esses entes estão divididos entre fornecedores como serviços de diagnóstico, hospitais, clínicas, médicos e serviços complementares. Já os pagadores são governo e usuários. “O governo precisa fazer a gestão de mercado para que ele seja eficiente. Porque o mercado não é simples e é preciso encontrar o ponto certo de fazer com que ele seja rentável e sustentável”, afirmou Lopes.

O Brasil é hoje o 8° mercado de saúde do mundo e em 13 anos cresceu 3 pontos percentuais no PIB.O crescimento do mercado está totalmente alinhado com o crescimento da economia de um país, pois o aumento do emprego formal impulsiona a adesão a planos de saúde, tanto porque as pessoas com empregos estáveis têm condições de arcar com o plano, quanto porque já é sabido que as empresas oferecem saúde como maneira de reter seus bons profissionais.

Mas um fator que tem preocupado os players do mercado é a questão dos custos operacionais. Valores de cirurgias, próteses e demais procedimentos têm aumentado muito. Esse problema é agravado ainda pela recorrente judicialização do mercado, pois é frequente que as pessoas contratem um plano e quando precisam de algo que está fora do que foi contratado acabam recorrendo à justiça. A grande questão é quem pagará essa conta, já que toda despesa fora do combinado prejudica o mutualismo e deverá retornar como aumento de custo para todos os usuários. “As liminares concedidas contra os planos elitizam a saúde, pois só quem pode arcar com os custos judiciais consegue as exceções”, afirmou Marcio Coriolano, da Fenasaúde.

Para os palestrantes o corretor tem papel fundamental em buscar esse equilíbrio no mercado, cabe a eles mediarem essas contratações e conscientizarem seus clientes quanto a importância de se enxergarem como parte atuante do mercado, entendendo as consequência de suas atitudes como usuário.

Amanda Cruz
Revista Apólice

Compartilhe no:

Assine nossa newsletter

Você também pode gostar

Feed Apólice