Ultima atualização 13 de março

Escola Nacional de Seguros promove palestra em homenagem ao Dia da Mulher

Evento tratou do sucesso profissional feminino, seus múltiplos papéis, seu diálogo com os homens e a relação com a família, além da avaliação delas sobre suas escolhas

Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, a Escola Nacional de Seguros (Funenseg) promoveu, nessa terça-feira, 11, a palestra “O que querem as mulheres?”, ministrada por Maria Helena Monteiro, diretora de Ensino Técnico da Escola. O evento, que tratou do sucesso profissional feminino, suas habilidades, seus múltiplos papéis, seu diálogo com os homens e a relação com a família, além da avaliação das mulheres sobre suas escolhas, foi realizado no auditório da Funenseg.
A partir de dados do estudo realizado em 2013 pela instituição e coordenado por Francisco Galiza, economista e catedrático da ANSP, e Maria Helena, discutiu-se como se dá a participação feminina no mercado de seguros, que corresponde a 57%, contra 49% em 2000. Apesar de serem maioria, a palestrante apontou que as mulheres ocupam apenas 31% dos cargos situados entre os cinco maiores níveis hierárquicos das empresas, ao passo que, ao se levar em conta os dez menores níveis, a relação se inverte – a participação feminina passa a ser de 70%. Tal situação acaba por refletir em uma diferença salarial favorável aos homens (cerca de 30% maior), apesar de nível de escolaridade, idade e tempo de serviço na área serem equivalentes.
“Provavelmente, isso acontece porque os homens são mais assertivos para pedirem aumento, ameaçam muito mais, se acham no direito de ganharem mais, são percebidos como chefes de família, enquanto as mulheres são vistas, talvez, como mais conformadas. Se elas estiverem gostando do emprego, continuarão lá mesmo”, justificou Maria Helena.
Embora a maior parte da força de trabalho no setor securitário seja feminina, o mercado continua a ser bastante machista, segundo Maria Helena, que confirma sua afirmação mostrando foto da posse da diretoria da CNseg, tirada em maio de 2013, composta apenas por homens. “Apenas 5% das pessoas que estavam nessa posse, lá em Brasília, eram mulheres. É um mercado muito machista, a gente sabe disso, mas não é muito diferente dos outros mercados em que eu já trabalhei. Então, não vamos sacrificar o mercado de seguros. Nós temos que ter a preocupação, primeiro, de mensurar o que está acontecendo e, depois, tomar algumas ações corretivas. Depende muito de nós mulheres uma ação contra isso”, disse.
Outro dado importante do estudo é que 30% das mulheres que retornam da licença maternidade deixam o emprego no primeiro ano. “Esse dado demonstra que são mulheres muito bem treinadas, capacitadas, porque isso acontece no nível intermediário. Isso não ocorre com as mulheres de baixa renda, porque essas precisam trabalhar para se sustentarem, e não acontece com aquelas de alta renda, que normalmente têm recursos para deixarem seus filhos em creches ou para contratarem boas babás”, explicou a diretora.
Diante dos resultados do estudo, Maria Helena propôs algumas alternativas a serem aplicadas pelas empresas, tais como:
– Abrir espaço para discussões sobre aspectos profissionais que mais afetam o publico feminino;
– Criar programa de flexibilidade que permita às mulheres terem e cuidarem de seus filhos sem culpas;
– Viabilizar o home office nas funções em que seja possível;
– Mensurar a evolução do número de mulheres em cargos de gestão;
– Evitar estratégias de marketing que coloquem a mulher numa posição inferior.

Thaís Carapiá
Revista Apólice

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