Ultima atualização 05 de dezembro

Grandes projetos no ES e no RJ geram oportunidades

Empresas que prestam serviços para exploração do pré-sal e grandes empreiteiras representam negócios a serem conquistados

O Governo Federal autorizou para maio de 2013 o leilão de 174 blocos para exploração em mar e terra e o primeiro leilão para concessões no pré-sal em novembro do mesmo ano. Em 2014, o País sediará os jogos da Copa do Mundo e em 2016, as Olimpíadas. São boas oportunidades, especialmente para o mercado de seguros do Rio de Janeiro e Espírito Santo.

Estes dois estados estão entre os maiores produtores de petróleo no Brasil. Segundo dados da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP), o setor de bens e serviços offshore (no mar) gerará mais de 42 mil vagas de empregos no País. Isso sem contar as chances criadas por empresas terceirizadas que prestam serviços à Petrobrás. A estimativa é que para cada um dos 900 postos de trabalho diretos na estatal brasileira criados até 2015, serão necessárias outras três vagas indiretas para atender à necessidade do setor.

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços do Rio de Janeiro, Julio Bueno, o Estado receberá muitos investimentos da cadeia de petróleo pela mão de obra qualificada e localização próxima à produção. “O Rio de Janeiro possui vocação natural para atrair investimentos na área do petróleo, por ser o maior produtor nacional, e agora vem recebendo empreendimentos do segundo e terceiro elo da cadeia de fornecedores, tanto da indústria naval, como nos segmentos de apoio à indústria offshore”, diz. Como exemplos, as empresas GE Celma, Turbomeca e Rolls Royce – especialistas em montagem e manutenção de turbinas para a aviação e o setor de óleo e gás –, que estão investindo R$ 235 milhões em expansões ou novas unidades. Juntas, as três empresas gerarão cerca de 650 empregos diretos e quase 2 mil indiretos.

Já no Espírito Santo, a instalação do Complexo Petrobras Gás-Químico nas cidades de Linhares e Aracruz deverá gerar investimento de R$ 7 bilhões, 6 mil empregos na construção e de500 a800 na operação, com projeto de produção de fertilizantes nitrogenados (como uréia e amônia), metanol, ácido acético (para a fabricação de tintas e vernizes), ácido fórmico (usado na indústria do couro) e melamina (usado na produção de utensílios domésticos). Segundo a Secretaria de Desenvolvimento do Espírito Santo, existem no estado mais de 1,1 mil fornecedores cadastrados para atender demandas da Petrobras. Além disso, em 2011, as empresas capixabas forneceram mais de R$ 4 bilhões para a Petrobras e mais R$ 4 bilhões para a Vale. A produção deve chegar a 500 mil barris/dia até 2015. Cálculos do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp) estimam que o setor necessitará de mais de 200 mil trabalhadores, dos quais cerca de 3 mil são para o Espírito Santo.

“No caso da Petrobras, a estatal exige que prestadores de serviço ofereçam cobertura de vida e plano odontológico para seus colaboradores”, aponta o diretor executivo de vendas da MetLife, Márcio Magnaboschi. Ele conta que a seguradora já tem entre suas parceiras nestes dois estados 20 corretoras especializadas em ramos ligados a obras de infraestrutura e, principalmente, ao setor de óleo e gás. A regional deverá ser responsável por 40% do faturamento de empresas clientes ligadas ao setor de óleo e gás. Desde2008, aMetLife tem investido principalmente em Macaé, onde estão sediadas muitas empresas que prestam serviços ao setor de óleo de gás. “A maioria delas começou como micro ou pequena, com cerca de 10 funcionários, e hoje muitas já contam com 500, até 1.000 colaboradores”, destaca.

De acordo com Magnaboschi, este segmento gera empregos que exigem profissionais bem qualificados, com altos salários e que exigem benefícios melhores, gerando ótimas oportunidades para os corretores oferecerem os produtos que integram este portfolio, como seguros de vida, saúde, odontológico e previdência privada. Uma dificuldade que pode ser encontrada pelos novos segurados é a falta de rede credenciada – como médicos e dentistas -, uma vez que as cidades onde estão crescendo esses novos pólos estão longe dos grandes centros e, portanto, tendem a ter poucos profissionais da saúde instalados no local. A tendência é que com o crescimento da população local, esses profissionais também vejam oportunidades e sejam atraídos. “Temos feito trabalho de aproximação com a rede credenciada e notamos que muitos profissionais do Rio de Janeiro, por exemplo, estão indo para lá (em Macaé). Eles têm o nosso apoio, mas não é algo que mude da noite para o dia”, alega o executivo.

Confira a reportagem completa na edição de novembro (169)

Jamille Niero / Revista Apólice

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