Ultima atualização 14 de janeiro

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Estamos preparados para os eventos climáticos?

A população brasileira exposta ao risco de inundações pode aumentar de 33 milhões de pessoas hoje para 43 milhões em 2030, segundo relatório feito pela Swiss Re. Está previsto, também, que as perdas anuais aumentem de US$1,4 para US$ 4 bilhões no mesmo período.
A região Sudeste concentrará mais da metade das perdas, seguida pelas regiões
Sul (15%) e Nordeste (13%). Ao longo da última década, as inundações no Brasil
levaram, em média, a perdas de 120 vidas e prejuízos econômicos de US$ 250 milhões por ano. Em 2011, foram registradas mais de 970 mortes e as perdas econômicas ultrapassaram US$ 1 bilhão. Apesar de o Brasil ser considerado um país com pouca incidência de catástrofes naturais, os números mostram uma realidade bem diferente. O Brasil é o 13º país mais vulnerável no que se refere a enchentes no mundo e o 18º que mais sofre prejuízos econômicos a cada ano por causa de chuvas, aponta um ranking elaborado pela Preventionweb, portal criado por instituições da ONU e de prevenção de desastres pelo mundo.

De acordo com Marcio Aurélio Rios Martins, gerente de subscrição corporativa do IRB-Brasil Re, no mercado de seguro e resseguro esses eventos estão classificados no grupo de Catástrofes Naturais, por se tratarem de ocorrências nas quais as consequências podem atingir, simultaneamente, um grupo expressivo de pessoas e propriedades, assim como nos casos de terremoto, explosão, furacão, ciclone, vendaval, tornado, granizo, maremoto e queimadas. “As coberturas de seguros oferecidas para eventos que podem assumir proporções de catástrofes normalmente são as mesmas previstas nos seguros de propriedades: coberturas de danos de causa externa, desmoronamento, alagamento, molhadura, gastos adicionais, despesas de recomposição, contenção e salvamento, deterioração de bens em ambientes refrigerados, lucros cessantes e responsabilidade civil, entre outras”, afirma Martins.

Segundo Rodrigo Belloube, Head do departamento de Property e Engenharia

da Munich Re, houve um aumento da preocupação das seguradoras pela proteção dos seus balanços, mediante a transferência de volatilidade, em particular aquela que pode resultar de eventos naturais, ao mercado indústria de seguro como proporção do PIB, essa exposição tende a aumentar, assim como, naturalmente, a necessidade de pulverização do risco por toda a cadeia de resseguro. Trata-se de uma tendência saudável e irreversível”, pontua Belloube. O executivo assegura que a solução mais comumente adotada é uma proteção chamada Excesso de Danos, que funciona da seguinte forma: a partir do momento em que determinado nível de perda líquida agregada é atingido – ou seja, quando a soma de todos os prejuízos de uma seguradora, descontados o cosseguro e resseguro, ultrapassa certo valor -, os resseguradores assumem os prejuízos adicionais. “A questão é que poucas seguradoras têm controle dos seus acúmulos, ou seja, de onde estão concentradas suas exposições e qual o valor em risco sujeito aos cenários de catástrofe. A inovação de produtos não deveria, em tese, ser desacoplada da análise do impacto econômico que tais inovações acarretam. É importante que seja criada uma base de dados que nos permita dimensionar os cenários de perda, para que o processo de precificação e gestão de acúmulos seja feito de forma profissional e sem gerar surpresas”, opina o executivo da Munich Re.

Confira a reportagem completa na edição de dezembro (170)

A Revista Apólice sempre atualizada em resseguros no brasil, previdência privada, seguros e muito mais.

Gabriela Ferigato / Revista Apólice

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