Durante cerimônia de entrega do Prêmio Antonio Carlos de Almeida Braga de Inovação em Seguros, promovido na quarta-feira (14) pela CNseg, no Rio de Janeiro, os presidentes das federações associadas (FenSeg, FenaPrevi, FenaSaúde e FenaCap) fizeram um balanço e apontaram as perspectivas para o próximo ano de cada segmento.
Segundo o presidente da FenaCap, Paulo Cafarelli, 2011 foi um ano ímpar para a capitalização, uma vez que o aumento do consumo trouxe aos brasileiros a necessidade de proteção e acumulação. “Vamos fechar o ano com crescimento de 15%. O setor retornou para sociedade R$ 11 bilhões. Hoje 40 milhões de brasileiros têm título de capitalização”, comentou. A expectativa para 2012 é manter o crescimento em 15%, além de focar em dois objetivos. “Queremos capacitar os agentes de venda e fazer com que os canais de relacionamento com o cliente levem mais conveniência e comodidade”. Ele também comentou que a Susep definiu um grupo para trabalhar na consolidação das regras ligadas à capitalização e que espera bons resultados.
Para a FenaPrevi, o destaque ficou para as conquistas obtidas pela área, como a regulamentação do microsseguro e o trabalho desenvolvido no Morro Santa Marta para alcançar novos consumidores. “Vivemos um ano muito bom, que vai ficar na lembrança como ano de crescimento e desenvolvimento. Já estamos próximos de R$ 300 bilhões de reservas acumuladas e algumas palavras antes desconhecidas do brasileiro – como PGBL e VGBL – já começam a aparecer na lembrança da população”, comemorou Marco Antonio Rossi, presidente da FenaPrevi.
O balanço da saúde suplementar em 2011 também é positivo. O crescimento do emprego e da renda possibilitou maior acesso do brasileiro aos planos de saúde. “Espera-se aumento de 10% no número de vidas. Já são 47 milhões de beneficiários, com 75% dos planos sendo bancados pelas empresas”, avaliou Marcio Coriolano, presidente da FenaSaúde. Ele ainda destacou a expansão dos planos odontológicos, que ainda têm pouca penetração “mas já crescem 20% ao ano”.
A intensa atividade regulatória também marcou o ano do setor. Porém, de acordo com Coriolano, a expansão das classes C e D deve continuar alavancando os planos de saúde no próximo ano.
No caso da FenSeg, o destaque ficou para o crescimento do seguro automóvel, que cresceu 6,5%; transportes que aumentou 19% e responsabilidades em geral cresceram 22%. “Falamos muito sobre o seguro popular para automóvel, dos problemas com aceitação de riscos em função da nova forma de resseguro e do fundo de catástrofes para seguro rural. Tivemos muitas discussões e vamos evoluir esses assuntos em 2012”, garantiu o presidente Jayme Garfinkel, que ainda anunciou que 2012 será o seu último ano de atuação pela FenSeg. “Espero que esses projetos se realizem e que a FenSeg seja um local de diálogo entre as seguradoras. O mercado precisa de confiança, somos todos ligados e dependemos um do outro”, observou.
Jamille Niero
Revista Apólice
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