Há 700 milhões de idosos no planeta, ou seja, 10% da população mundial tem mais de 60 anos de idade. Com esses números, a Bradesco Seguros iniciou o VI Fórum da Longevidade, no dia 4 de outubro, no Hotel Unique, São Paulo. O vice-presidente do Conselho de Administração do Grupo Bradesco, Antonio Bornia, abriu o evento, seguido do discurso do presidente da Organização Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, que ressaltou a importância da intergeracionalidade.
Com o tema “Relação intergeracional no trabalho”, a primeira apresentação foi do americano Seth Mattison, consultor da Bridge Work, acompanhado pela consultora Sofia Esteves que, no Brasil, tem se dedicado ao tema. Mattison ressaltou que, em todo o mundo, os conflitos entre gerações são semelhantes. Também afirmou que em algumas empresas quatro diferentes gerações trabalham juntas. O desafio está em harmonizar essas forças de trabalho para gerar inovações, e as diferenças devem ser usadas como oportunidade de aprendizado e diversão.
Sofia apontou que os executivos brasileiros reclamam do imediatismo dos jovens e da arrogância dos mais velhos, o que impede a relação entre eles e é capaz de criar um ambiente melhor de trabalho. Ambos citaram que os jovens querem crescer e se desenvolver dentro das empresas.
O psiquiatra Jairo Bouer, o psicólogo José Carlos Ferrigno e o gerontólogo Alexandre Kalache conduziram o segundo painel do evento. Bouer lembrou que não existe uma resposta única ao conflito de gerações, uma vez que enquanto o jovem tem um leque de informações e não tem foco, os mais velhos estão mais acostumados a se focar em uma coisa de cada vez. Ferrigno citou que há um embaçamento das idades e isso pode ser um caminho para a reaproximação das gerações. “Os velhos podem ensinar histórias de família e valores morais e os jovens podem ensinar atitudes mais compreensivas e liberais frente a questões de caráter moral”.
Durante o evento, foram entregues os Prêmios Longevidade de Jornalismo e Histórias de Vida. O vencedor em mídia eletrônica foi a Rádio CBN, que fez uma série de reportagens sobre como viver bem depois dos 40 anos. Em 2º lugar, ficou a reportagem da TV Bahia, com foco nos “Centenários” e em 3º, a TV Tem, de São José do Rio Preto, com o tema “Economia na Terceira Idade”.
Em mídia impressa, a reportagem “Muitos anos de vida”, do Jornal de Santa Catarina de Blumenau, foi a vencedora, seguida da revista Istoé com o tema “Envelhecer bem” e do Correio Braziliense com “Retratos de um país que não sabe envelhecer”.
Nos prêmios História de Vida, Felipe Leal Barquete, que resgatou a história “Delírios de um cinemaníaco” revelando a vida de um morador de São Carlos que dedica a vida ao cinema, ganhou em 1º lugar. Seguido de Larissa Tsuboi Ogusico, com a saga de uma família japonesa e Regina de Castro Pompeu, com “De repente, 60”, falando da experiência desse novo ato da vida após os 60 anos.
A última apresentação foi da atriz americana, Shirley MacLaine, de 77 anos, vencedora do Oscar por “Laços de ternura” e autora de diversos best-sellers. Ela contou que o terceiro e mais importante ato de sua carreira está começando agora, quando, madura, pode fazer o que quiser e encontrou na meditação uma fórmula segura de se refugiar em si mesma fugindo de coisas, pessoas e situações chatas. Ela mostrou que longevidade é estar sempre em forma com a vida, desfrutando dos melhores momentos e promovendo felicidade ao seu redor.
Lúcio Flávio de Oliveira, presidente da Bradesco Vida e Previdência, encerrou a sexta edição do Fórum da Longevidade, ressaltando o compromisso do presidente do grupo segurador, Marco Antonio Rossi, de manter o debate em torno desse tema que envolve várias ações da empresa, com o anúncio do segundo prêmio Bradesco de Longevidade de jornalismo.
Gabriela Ferigato
Revista Apólice