Ultima atualização 20 de outubro

Como otimizar a implantação de recursos em saúde

Além de questões políticas e econômicas, o Brasil vive um momento de grande discussão no âmbito da saúde. O presente governo, desperto para a necessidade de investimento nesse setor e adotando o tema saúde como prioridade, estabelece uma política voltada para a implantação de Redes de Atenção à Urgência Saúde; a regulação da Atenção Domiciliar no SUS; e a preocupação com doenças crônicas não transmissíveis e sua prevenção. Acena com subsídios provenientes do gestor federal e uma atenção no monitoramento dos recursos a serem investidos e seus resultados em saúde.
Por outro lado, no setor da saúde suplementar, a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), mantendo sua política de indução de promoção à saúde e prevenção de doenças, lança mão de um novo recurso para o estímulo à implantação de programas de prevenção: a ação do usuário, o consumidor dos planos de saúde.
As últimas regulações normativas da ANS (264 e 265) incitam a adesão do usuário aos programas de prevenção, uma vez que permite a criação de bonificação e prêmio. Com isso, acrescenta a demanda também oriunda dos clientes para as operadoras, uma vez que agora o usuário passa a reivindicar a existência de programas e suas bonificações em seu plano.
Todavia, fica sempre a pergunta: como otimizar a implantação de recursos em saúde? No ambiente fragmentado do nosso setor, medidas de estímulo ou aumento de cobertura podem facilmente cair no vácuo de ser criado apenas mais um recurso, mais uma tecnologia em saúde, gerando ilhas isoladas de pacotes assistenciais e o indesejável aumento de custos com serviços de saúde. Isso é também consequência da pouca atenção voltada para a integralidade das ações em saúde, para o acompanhamento do usuário em linhas de cuidado.
Para evitar tal fato, a imersão na criação de planejamentos amplos, de cunho populacional, atendendo à especificidade das populações assistidas em redes integradas e com adequado monitoramento de resultados e correções, se faz necessária. Vamos à árdua e fundamental tarefa de avançar em nosso sistema de saúde, em ambos os segmentos, público e privado.

* Kylza Estrella é superintendente operacional do Grupo Hospitalar Santa Celina

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