O Hospital Santa Helena realiza, no próximo dia 11 de setembro (domingo), a partir das 6 horas, um simulado de atendimento a catástrofe, em Santo André. O procedimento, inédito na região do ABC, tem como objetivo testar o fluxo de atendimento do Hospital para situações emergenciais que envolvam catástrofes externas, avaliar e treinar os profissionais do Hospital para a execução correta de seus papeis previsto nos planos de contingência do local. A simulação é uma exigência para que a instituição receba o certificado de acreditação canadense do Canadian Council for Health Services Accreditation (CCHSA), que garante os padrões de qualidade no que diz respeito à gestão e assistência médica das organizações. Hoje, 15 hospitais em todo o Brasil têm este certificado.
“O Hospital já recebeu as acreditações nível 1, 2 e 3 da ONA, e agora busca a acreditação canadense, que confirma a qualidade de todos os seus processos das áreas médica, tecnológica, administrativa, econômico e assistencial”, afirma o vice-presidente da operadora superintendente do Hospital Santa Helena, o médico Ronaldo Kalaf.
O treinamento prevê a simulação de um acidente de trânsito, cerca de 80 pessoas participarão da simulação – 60 colaboradores do Santa Helena de todos os níveis, desde a alta administração até os profissionais da linha de frente, que lidam diretamente com a assistência em sua rotina diária, de áreas vitais do Hospital, como Pronto-Socorro, Exames, UTI e Centro Cirúrgico, além de prestadores de serviços e clientes externos. “É de suma importância que cada setor do Hospital saiba o que deve ser feito para que em uma situação real não se instale o caos”, diz o médico Massanori Shibata Jr., coordenador da ação.
Algumas áreas do Hospital serão adaptadas em tempo real para a realização dos atendimentos. A recepção principal, por exemplo, será utilizada como local para que a triagem inicial das “vítimas” possa ser feita com maior agilidade. E para dar mais realismo e dramaticidade ao atendimento, as “vítimas” passarão por um processo de maquiagem, simulando escoriações, cortes e fraturas. Os procedimentos do treinamento serão gravados em vídeo para registrar toda a operação.
Segundo Massanori, a falta de planejamento das atividades de atendimento às situações de desastre causa dificuldade aos hospitais e ao sistema de saúde, deixando essas instituições sem o preparo necessário para atender pacientes em estado grave, resultantes de acidentes de grandes proporções. “Isso dificulta a reação eficiente a essas situações, principalmente quando se tem um número inusitado de vítimas que necessitem de cuidados emergenciais. Além disso, a falta de planejamento pode gerar improvisações perigosas, que prejudicam a eficiência das equipes técnicas empenhadas, provocando, na maioria das vezes, o que se costuma chamar desastre adicional ao desastre primitivo”, reforça o médico.
O subtenente do Corpo de Bombeiros da região do Grande ABC, Fernando César, que também está na coordenação da ação, reforça a importância do treinamento. “Em uma situação real, não haverá aglomeração de pessoas nem demora no atendimento dos acidentados. O fluxo de atendimento é mais rápido, porque todos estarão preparados e capacitados para ajudar as possíveis vítimas”, destaca. Para a ação estão confirmadas as participações do Departamento de Defesa Civil; do Departamento de Trânsito da Prefeitura de Santo André; da Polícia Militar: Comando do CPA/M-6, Comando do 10º BPM/M; do Corpo de Bombeiros: 8º Grupamento de Bombeiros; do 192 – SAMU – Santo André; Assemet Assessoria em Segurança e Medicina do Trabalho e Cate Rose Transportes de Passageiros.
“Estamos em uma região que abriga muitas indústrias. Pode-se ter, por exemplo, a explosão de uma caldeira ou um acidente muito sério com veículos, entre tantas outras situações do tipo. Ter este know how é uma segurança para as empresas que atendemos e para todos os beneficiários”, enfatiza Kalaf.
J.N.
Revista Apólice