O Diretor técnico corporate da Tokio Marine Seguradora S/A, Felipe Smith, participou do Almoço das Seguradoras, em Porto Alegre, no dia 22, e analisou o setor de seguros no Brasil, discorrendo sobre os seguros de riscos de engenharia, de transportes e as novas regras de resseguro que, segundo ele, ainda não estão claras. Smith disse que as novas regras entraram em vigor em março desse ano, mas não foram passadas informações de como operar. “Não há detalhamento do funcionamento, o prazo para resposta de cinco dias já não é mais. Em caso de licitação, como faço para cumprir os prazos junto ao órgão licitante?”, questionou. Ele defendeu uma teoria: se existe a obrigatoriedade em colocar o seguro, garantindo 40% ao ressegurador local, esse também deveria ser obrigado a aceitar.
Sobre riscos de engenharia, Smith expôs que o panorama não é muito alentador, em queda desde 2010. Segundo ele, esse ano houve retomada de investimentos, embora prejudicadas pelas altas taxas do mercado brasileiro. Os seguros de transportes e os seguros empresariais também foram apontados como mercados em alta, embora com taxas baixas e dificuldade em conseguir cobertura. As intempéries climáticas foram outro fator de destaque no discurso. E o temor do aumento de preços no mercado interno impulsionado pela sinistralidade externa não deverá se configurar. “Ainda existe muita capacidade de negociação no mercado brasileiro, permitindo que os preços se mantenham”, garantiu. Mas lembrou que o país precisa se preparar para as mudanças climáticas recorrentes como vendavais e alagamentos, cujas coberturas são altas. Finalizou destacando que o setor empresarial brasileiro ainda tem muito a evoluir o pensamento quanto a seguros.
G.F.
Revista Apólice
