Ultima atualização 21 de julho

Saúde do executivo brasileiro pode estar em risco a médio e longo prazo

Os executivos brasileiros podem estar colocando sua saúde em risco no futuro. Pesquisa realizada pela operadora de saúde Omint revela que 96% destes profissionais não mantém uma alimentação equilibrada no dia a dia, 43,5% são sedentários e 31,7% têm índice elevado de estresse.
No levantamento foram ouvidos 15.230 profissionais que ocupam cargos entre gerencia e direção, sendo 51% dos entrevistados homens e 49% de mulheres, com faixa etária entre os 18 e 70 anos.
O excesso de peso, reflexo direto da má alimentação e do sedentarismo, é considerado um grave problema no mundo corporativo. Causador de sérias doenças, especialmente cardiovasculares, atinge 42,4% dos entrevistados interrogados pela pesquisa – população com Índice de Massa Corpórea (IMC) acima de 25. Dentro desse universo, 18,99% dos homens são obesos e 11,53% das mulheres. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) pode ser considerada obesa uma pessoa que tem IMC acima de 30.
De acordo com o diretor médico da Omint, Caio Soares, responsável pela coordenação do estudo, a adoção de hábitos de vida saudáveis deveria ser uma preocupação de primeira ordem para empresas e seus colaboradores. “As pessoas hoje têm consciência do risco que correm com os hábitos de vidas não saudáveis, mas isso não é suficiente, para a mudança do estilo de vida. Elas precisam de estímulos contínuos para mudança de hábitos e muitas empresas vêm fazendo a sua parte”, afirma.
Ainda de acordo com Soares, hoje a prática passa a fazer parte das rotinas do RH, e será crescente nos próximos anos, pois estimular hábitos que garantam boa saúde não apenas gera motivação entre os funcionários, reduz o absenteísmo e presenteismo e a longo prazo ajuda a controlar os custos com a saúde, o que se destaca hoje entre os maiores custos de qualquer companhia.

Motivação

O grau de motivação dos executivos para mudança nos hábitos não saudáveis também foi aferido pela pesquisa. A inclusão de pelo menos uma atividade física na rotina é objetivo de 37,7% dos executivos e 44%, ainda que não tenham tomado nenhuma iniciativa, tem ?pensado muito? no assunto.
Quando o assunto é alimentação saudável a pesquisa detectou que 26,1% dos executivos avaliados já estão tomando providências e adotando um cardápio mais saudável no dia a dia, enquanto que 39% pensam “muito sobre” sobre o assunto.
Com 12,7% de fumantes, a pesquisa avaliou ainda que mais de 50% dos dependentes da nicotina “pensam muito” em parar de fumar, enquanto 8,32% declararam estar em tratamento contra o vício.

Doenças mais comuns
A pesquisa da Omint relevou também quais são as doenças mais frequentes entre os executivos brasileiros. O topo do ranking é ocupado pela Rinite, inflamação das mucosas do nariz geralmente associada à alergia. A doença atinge 28,3% dos executivos analisados. O segundo lugar é ocupado pela alergia de pele, atingindo 22,3% do total.
Dores no pescoço e nos ombros, geralmente causadas pela associação entre uma má postura e tensões musculares, ocorrem por causa do estresse é o terceiro problema de saúde mais comum entre os profissionais.
A obesidade e a ansiedade ocupam, respectivamente, a quarta e quinta posição no ranking das doenças corporativas. Entre os executivos e executivas de mal com a balança a incidência chega a 18,5% do total. Enquanto que 16,9% do público analisado apresenta sintomas de ansiedade.

Doenças Cardiovasculares
Entre os fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares o colesterol alto é campeão entre os executivos, atingindo 11,6% dos entrevistados. “Isso mostra claramente um reflexo da má alimentação. A tendência é que esse indicador aumente ainda mais com o envelhecimento da população, por essa razão é importante que providências sejam tomadas o quanto antes”, explica Soares.
A hipertensão, por sua vez, atinge 8,61% dos profissionais avaliados pela Omint, enquanto que a diabetes foi detectada em 2% do total de indivíduos. “Essas doenças atreladas a outros fatores eleva o risco para o desenvolvimento de um evento cardiovascular. Esse trio de doenças oferece um grau de periculosidade altíssimo”, diz. Os problemas cardiovasculares estão entre as doenças que mais matam no mundo todo. Soares ainda ressalta que a substituição de hábitos de vida não saudáveis por saudáveis é o método mais eficaz de se combater os problemas que acometem o coração.

A.B.
Revista Apólice

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