As principais preocupações dos brasileiros em relação à segurança financeira da sua família são os impactos da morte ou de doenças (71%) e ter dinheiro suficiente para pagar: a educação dos filhos (68%), contas durante uma perda de renda súbita (67%) e as despesas (65%). Ter mais tempo com a família e um convênio médico adequado também estão entre as principais preocupações, com 65% e 62% respectivamente. As informações estão no Estudo Internacional MetLife de Tendências e Benefícios para Funcionários 2011. O levantamento trata das tendências de benefícios e as preocupações financeiras de funcionários e empregadores de cinco países: Reino Unido, Austrália, México, Índia e Brasil. O estudo, que está em sua segunda edição, comparou as situações de mercados mais maduros, como Reino Unido e Austrália, com os países emergentes – México, Índia e Brasil.
Plano de saúde é o item que aparece em primeiro lugar entre os benefícios que mais interessam os colaboradores, com 90% dos apontamentos. Em seguida, aparecem seguro de vida, planos odontológicos, entre outros.
Oferecer “benefícios voluntários” aos funcionários é uma boa opção para as empresas que não querem arcar com os custos. A pesquisa apontou que os funcionários estão dispostos a aceitar esse tipo de benefício pela conveniência. “Para eles, é bom porque não precisam se preocupar em pesquisar preços e o valor já é descontado na folha de pagamento”, afirmou o responsável pelo Global Market Intelligence da MetLife, Shankar Chaudhuri, que apresentou os resultados do estudo.
Aposentadoria
A aposentadoria é outra questão que despertou preocupação. No Brasil, 71% admitiram não calcularem o valor necessário para se manterem após a aposentadoria e entrevistados de todos os países acreditam que precisarão trabalhar mesmo aposentados. Uma das principais preocupações para esse período é, inclusive, conseguir pagar os gastos com o convênio médico com o dinheiro da aposentadoria. “A população está cada vez mais ciente de que os programas sociais dos governos – especialmente os voltados para a saúde – não dão conta de atender todas as suas necessidades”, comentou Chaudhuri. Esse pensamento é mais intenso em mercados mais maduros (como o Reino Unido), porém os mercados emergentes estão abrindo os olhos para essa possibilidade. Dessa forma, as expectativas para atender essa demanda recaem sobre as empresa privadas, através da oferta de benefícios e iniciativas que promovam a responsabilidade social.
Falta de talentos
O executivo explicou que todos os mercados pesquisados – emergentes e maduros – reclamaram da falta de talentos profissionais, especialmente para atividades mais técnicas. “Devido a isso, as empresas já perceberam que é cada vez mais importante reter os talentos que a empresa já emprega e a oferta de benefícios é uma das maneiras de satisfazer o colaborador”. Entre os brasileiros, mais da metade dos entrevistados (57%) concordam com a falta de profissionais habilitados.
Jamille Niero
Revista Apólice
