Pegar a estrada com a família em viagens de férias, ou mesmo nos feriados é algo que envolve planejamento antecipado, e da mesma forma é fundamental ter a certeza de que o veículo está em perfeito estado de conservação e funcionamento, o que garantirá a tranquilidade do passeio e a segurança de seus ocupantes.
Infelizmente, como a manutenção preventiva de veículos não é uma prioridade para a maioria dos brasileiros – em especial para os veículos há mais tempo em circulação, boa parte dos motoristas deixa para examinar seus automóveis poucas horas antes de iniciarem a viagem. Um check-list básico é feito, onde apenas alguns itens são observados, normalmente se concentrando aos níveis de água, óleo, e calibragem de pneu. Por hábito, boa parte dos brasileiros só procura uma oficina quando algum inconveniente está ocorrendo, ou quando seu veículo não mais consegue se locomover.
Fernando Pierri, presidente Executivo da Carglass Brasil, explica que além do hábito do brasileiro não realizar a manutenção preventiva em seus veículos, o desconhecimento da importância de itens como o para-brisa é um dos motivos que aumenta a falta de manutenção correta desse equipamento. O executivo chama a atenção também para o baixo número de pessoas que se lembram de relacionar a proteção dos vidros na cobertura da apólice de seguro.
Porém, uma trinca no para-brisa, por exemplo, é bem mais perigosa do que se pode imaginar. Além de prejudicar a segurança da estrutura do veículo, podendo comprometer a integridade física dos ocupantes, transitar com algum dano no para-brisa deixa o condutor sujeito às sanções previstas pela Resolução 216 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito). A infração é considerada grave, com penalidade de cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação, multa e retenção do veículo para regularização. Em alguns municípios o para-brisa já faz parte dos itens obrigatórios de observação da Inspeção Veicular.
Mais do que a penalidade de uma legislação, a importância do vidro como item de segurança está relacionada à estrutura do veículo, porque cerca de 30% é formada pelo equipamento, que está longe de servir apenas para permitir a visualização do meio exterior. “As pessoas devem se conscientizar dos cuidados que devem ter com os vidros de um veículo, em especial com o para-brisa que serve de apoio às bolsas de ar quando acionadas em caso de um acidente. Se ele não estiver preservado em suas características originais, comprometerá o funcionamento correto do sistema das bolsas infláveis e causará danos de integridade física aos ocupantes do veículo”, esclarece Pierri.
J.N.
Revista Apólice
