Ultima atualização 01 de abril

Número de mulheres que investem na previdência privada cresce

Segundo apurou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) por meio do Censo 2010, a população de mulheres no Brasil é maior que a dos homens. Elas são 97,3 milhões enquanto eles totalizam 93,3 milhões, uma relação de 95,9 pessoas do sexo masculino para cada 100 do feminino. Só para se ter uma ideia, em 2000 para cada 100 mulheres havia 96,9 homens. Pesquisa recente da Brasilprev Seguros e Previdência, a partir da base de 1,3 milhão de clientes da companhia em todo o País, aponta que a presença das mulheres tem crescido nesse mercado.
De acordo com o estudo, em 2006, quando a base era composta de 933,8 mil clientes, identificavam-se pouco mais de 380 mil investidoras do sexo feminino entre eles, número que correspondia a 41% daquele total. Já em 2010, quando a quantidade de clientes ultrapassou a marca de 1,3 milhão, elas superaram a barreira dos 562 mil.
O levantamento também apontou que a evolução da representatividade das mulheres nas reservas da Brasilprev é, igualmente, importante. Em 2006, a reserva feminina era de R$ 4 bilhões, o equivalente a 36% do total; em 2010 representava 39%, perfazendo o montante de R$ 13,6 bilhões. Una-se a isso o fato de a contribuição das investidoras também demonstrar evolução ao longo dos anos: em 2006, elas faziam, todo mês, aportes médios no valor de R$ 168; hoje as contribuições médias mensais são de R$ 216 – um crescimento de 29%.
Para Sandro Bonfim, gerente da área de Inteligência de Mercado e Clientes, departamento responsável pela elaboração da pesquisa, as mulheres têm demonstrado visão de longo prazo. “Detectamos que 53,2% das clientes da empresa optaram pela Tabela Regressiva do Imposto de Renda, enquanto que entre os homens o índice é de 49,4%. Essa visão de longo prazo caracteriza-se como um dos mais fortes e reacionais motivos que levam uma pessoa a investir seus recursos financeiros em um plano de previdência privada”, pontua o executivo.
Por fim, Bonfim destaca o perfil das clientes da Brasilprev. Segundo ele, a maioria é solteira: 60,2% frente a 53,1% dos homens; é jovem: investidores do sexo feminino com até 40 anos idade representam 62% da base, ao passo que os do sexo masculino nessa mesma faixa etária são 57%; e optou pela modalidade Vida Gerador de Benefícios Livres (VGBL): 48% face a 43,4%.

Cresce o número de investidoras no Brasil
Acredita-se que cerca de 1,7 milhão de novas famílias são formadas anualmente no Brasil – e muitas delas são chefiadas por um número crescente de mulheres. Estudo feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a partir do cruzamento de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) de 2009, do IBGE, (divulgada no final de 2010), indicou que a proporção de famílias chefiadas por mulheres no Brasil saltou de 27% para 35% entre 2001 e 2009.
A Bolsa de Valores de São Paulo já detectou o crescimento de investidoras e jovens. De acordo com a BM&FBovespa, em dezembro de 2010 estes eram 151 mil, ao passo que em 2002 somavam 10 vezes menos: totalizavam 15 mil. Se as mulheres, que já são maioria na população brasileira, continuarem ativas no mercado financeiro como têm se mostrado até então, um dia poderão ser maioria também entre os investidores nos planos de previdência privada – que é um dos setores que mais cresce no País.

J.N.
Revista Apólice

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