Ultima atualização 11 de novembro

Especialista chama atenção para segurança na compra de veículos usados

De acordo com a última pesquisa realizada pela Fenabrave (Federação das Concessionárias), no mês de agosto foram licenciados 787,2 mil unidades entre carros e comerciais leves, registrando um crescimento de 6,4% em relação a julho e de 25,6% sobre agosto do ano passado. O recorde anterior havia sido em julho, com 740,1 mil veículos licenciados.
A reação do mercado ocorre, em grande parte, por conta da retomada da cobrança do IPI. Como o veículo novo ficou mais caro, os consumidores voltaram a olhar para os usados. Para o especialista em Avaliações e Perícias em veículos automotores, Hélio Cardoso, Diretor do Ibape-SP (Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia) é importante enfatizar o cuidado com a manutenção e estado de conservação do veículo usado, que requer atenção redobrada.
“É muito comum a preocupação das pessoas em relação às pendências judiciais, como por exemplo: procedência, documentação, multas e taxas não pagas, além da existência de itens supérfluos opcionais de cada modelo. O pior é que se esquecem de checar itens de segurança, mecânica, estado de conservação e principalmente a eletrônica embarcada que hoje em dia é responsável pelo gerenciamento de diversos componente do veículo”, diz Cardoso.
Para o especialista é fundamental certificar-se quanto à inspeção veicular, que apesar de ainda ser apenas ambiental em São Paulo, deve ser feita todo ano e caso não ocorra, o licenciamento do veículo é bloqueado. “Além de auxiliar no combate a poluição da cidade, pois reduz em até 30% a emissão de gases poluentes, outro benefício é a diminuição de falhas mecânicas que podem imobilizar o veículo”, complementa.
Outro ponto importante que deve ser analisado na compra ou troca de veículo usado é o Recall. Segundo Cardoso, ao contrário dos países desenvolvidos, no Brasil o procedimento é feito apenas para itens considerados de segurança, portanto todo alerta de convocação deve ser respeitado rigorosamente sob pena de causar danos irreversíveis aos usuários e à população como um todo.
Dados do DPCD (Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor) revelam que 40% dos consumidores não atendem ao chamado. “Isso tende a mudar, pois está tramitando uma nova regulamentação no Ministério das Cidades dispondo que a convocação e o cumprimento do Recall estarão disponíveis para consulta quando da compra de um veículo usado”, diz.
Ele destaca também que “existe a possibilidade de que o não cumprimento ao chamado de recall venha a bloquear a venda do veículo e que a Inspeção veicular incluirá a verificação da emissão de ruídos a partir de 2011”. O engenheiro complementa ainda, que estamos evoluindo na segurança veicular, principalmente pela inserção de novas tecnologias que já são obrigatórias no exterior e brevemente pousarão no Brasil. Além disso, é preciso o amadurecimento das autoridades e da responsabilidade do condutor quanto à segurança veicular.

J.N.
Revista Apólice

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