Ultima atualização 25 de junho

Para Paulo Santos, seguro precisa chegar aos pobres

O titular da Superintendência de Seguros Privados (Susep), Paulo dos Santos, entende que o mercado de seguros brasileiro tem três grandes desafios pela frente. Ele apontou o esforço para expandir a cultura do seguro para todos os segmentos da sociedade como um deles, seguido, consequentemente, da necessidade de suprir a carência de canais de distribuição de produtos voltados para as camadas mais pobres da população. O terceiro desafio, segundo ele, está relacionado à solvência do mercado.
Sobre essa questão, ele assinalou que é importante encontrar o ponto de equilíbrio entre a manutenção de um mercado sadio e solvente, dentro da estratégia conservadora revelada adequada na crise, e a viabilidade de atuação das empresas supervisionadas, sem onerar ou engessar a operação. “Isso porque é preciso permitir a oferta diversificada de produtos e serviços para todos os públicos”, destacou Paulo dos Santos, em evento sobre grandes riscos realizado na Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo.
Para ele, os desafios podem ser vencidos a partir da “perfeita sinergia entre o órgão regulador e o setor privado”. Ele disse ainda que o Brasil passou com louvor pela difícil prova gerada pela crise econômica global e o mercado de seguros, particularmente, “sequer sofreu arranhões”. Na opinião dele, isso se deve “às normas conservadoras, mais sensatas, muitas vezes criticadas no passado, que regulamentam o setor”.

Solidez
O País, hoje, em consequência dessa política, segundo ele, conta com empresas fortes e o mercado brasileiro, formado por seguradoras e resseguradoras, inclusive internacionais, tem plena capacidade para atender a demanda local. “Ao contrário do que ocorreu no exterior, onde regras mais liberais permitiram ações que causaram danos a grupos seguradores, o conservadorismo sensato dos órgãos reguladores brasileiros contribuiu para a consolidação da tendência de fortalecimento da indústria do seguro”, observou.
Paulo dos Santos afirmou que não foi por acaso que, de janeiro a abril deste ano, o mercado de seguros faturou R$ 27,5 bilhões – R$ 229 milhões ao dia – registrando crescimento de 22,6% sobre o primeiro quadrimestre de 2009. Ele assinalou, contudo, que mais importante que o faturamento é a quantia que retornou para a sociedade na forma de indenizações de seguros.
No mesmo período, segundo ele, os sinistros de seguros ultrapassaram R$ 7 bilhões, média diária de R$ 58 milhões.

Jornal do Commercio-RJ

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