O Secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado do Rio de Janeiro, Julio Bueno, deixou com a estima elevada os participantes do almoço-palestra que o CVG-RJ realizou nesta última quarta-feira, 23 de junho. Ele levou cerca de 20 minutos para mostrar o vigor econômico do Estado e o potencial de desenvolvimento que o Rio está experimentando apoiado em obras grandes que estão sendo realizadas nos mais diversos segmentos da economia.
Munido de gráficos e ilustrações acompanhados de dados estatísticos bem estruturados o secretário revelou dados pouco conhecidos da plateia. “Temos o maior PIB per capita por quilômetro quadrado, com densidade econômica maior do que o de Minas Gerais. O PIB do Estado do Rio é maior do que o do Chile”, afirmou.
Segundo ele, o Rio tem hoje talvez a maior carteira de grandes projetos do Brasil por conta da questão do petróleo, da energia, da siderurgia e dos eventos esportivos que acontecerão no País. “Nossa pauta de investimento é realmente espetacular”, enfatizou o secretário, que lembrou ainda o fato de o Rio ter o segundo maior PIB do Brasil - atrás apenas de São Paulo - embora seja o terceiro menor estado da federação (só é maior do que Alagoas e Sergipe).
Bueno destacou ainda que o PIB per capita do Rio é 20% maior que a média brasileira, sendo comparável ao da Argentina e muito maior que a da China e da Índia. “O Rio é a capital da energia do Brasil. Somos o maior produtor de gás, o maior parque térmico e ainda temos o parque nuclear brasileiro. Em termos de petróleo e gás somos o maior produtor brasileiro”, frisou.
De acordo com o secretário, dados da Firjan apontam que entre 2010 e 2014 o Rio terá em investimentos de petróleo e gás cerca de R$ 83 bilhões. Contudo, esse número já foi ultrapassado pelo novo programa de investimento da Petrobrás.
As pesquisas indicam ainda que o maior crescimento da renda será no Rio de Janeiro. “Já somos o maior produtor de petróleo e gás e seremos o maior produtor de produtos petroquímicos básicos”, assegurou Bueno.
Ele destacou ainda que mesmo setores que haviam deixado o estado começam a retornar, como é o caso da indústria de transformação.
Na área de logística, vários portos estão sendo reformulados no Rio de Janeiro, principalmente por causa dos ciclos siderúrgico e do petróleo.
Ele reconheceu, porém, que ainda há muito o que fazer no setor primário. No caso do etanol, o Rio só contribui com 0,5% da produção nacional e não consegue sequer atender o mercado fluminense.
Outro ponto fraco citado por ele está no setor de turismo, principalmente pela falta de hotéis.
Na área de serviços, o secretário citou o resseguro como uma das áreas nas quais o estado aposta. “Evidentemente que essa quantidade de investimentos em petróleo, em siderurgia, em petroquímica, é um cenário importante para o resseguro no Brasil e em particular no Rio de Janeiro. Temos feito um trabalho importante para atrair as resseguradoras”, comentou.
Bueno defendeu a atuação do setor privado, afirmando que cabe às seguradoras a tarefa de “tomar conta do seguro” no Brasil. “Seguradora estatal, assim como o pré-sal com partilha é uma bobagem absoluta”, disparou.
Perspectivas para seguros de garantia e Vida
Ao dar início ao almoço-palestra o presidente do CVG-RJ disse estar “orgulhoso por receber um profissional tão competente e entusiasmado na defesa dos interesses do Rio de Janeiro como Júlio Bueno”, que comanda uma das secretarias de fomento e desenvolvimento do estado.
“O mercado de seguros cresce e se consolida junto com a economia do País. E conforme a renda cresce e a população consegue suprir suas necessidades básicas é natural que ela vá buscar instrumentos que garantam segurança e proteção familiar”, afirmou o presidente, chamando atenção para as novas oportunidades de negócios do setor.
“As perspectivas para 2010 são animadoras. Segundo a Susep, o setor deve crescer 20% e esperamos que com a Copa e as Olimpíadas os seguros e resseguros se expandam principalmente no ramo de garantias e obrigações contratuais”, afirmou. Segundo o presidente, o ramo Vida também irá acompanhar este crescimento, pois somente 16% da população brasileira possui este tipo de proteção. “Há muito espaço a ser conquistado e o mercado está empenhado em oferecer produtos condizentes com a nova realidade financeira e populacional brasileira”.
Lúcio Marques lembrou ainda que o Rio de Janeiro é o segundo produtor nacional de seguros, perdendo apenas para São Paulo.
J.N.
Revista Apólice