Os planos de previdência privada aberta estão se consolidando como um instrumento de poupança de longo prazo para um contingente cada vez maior de brasileiros.
Hoje, chegamos à casa de 11,1 milhões de planos contratados, o que corresponde a 6% da população brasileira. Desde o surgimento dos produtos PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e os VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), os recursos acumulados no sistema também não param de crescer e já representam respeitáveis R$ 184,4 bilhões.
A demanda crescente por planos de previdência privada é simples de explicar. Os brasileiros sabem que precisam constituir suas próprias reservas para complementar a renda no futuro, no período pós laboral. A previdência pública não irá atender às demandas de aposentadoria de uma classe média com acesso cada vez mais amplo ao consumo de bens e serviços. O “consumidor” compreendeu claramente que, para manter o padrão de vida, terá que construir sua própria estratégia de acumulação.
A outra razão está na simplicidade dos produtos. Os PGBLs e VGBLs foram absorvidos pelos investidores leigos. Os produtos se tornaram populares e seus benefícios de longo prazo foram claramente percebidos.
As seguradoras, por sua vez, também souberam fazer o mercado crescer, criando produtos com valores de contribuições flexíveis, tornando-os acessíveis a uma parcela significativa da população.
Hoje é possível contratar um plano de previdência aberta para contribuições a partir de R$ 30.
A abertura para investidores de renda menor atraiu para o sistema os brasileiros das classes C, que agora, com o aumento da renda, já dispõe de recursospara formar sua poupança de futuro.
Essa somatória de fatores explica os índices vigorosos de crescimento que o sistema vem registrando.
Só no último trimestre, as empresas de previdência captaram R$ 10 bilhões, valor 27,90% maior que o verificado em igual período de 2009. A expansão do número de planos e das reservas têm sido uma constante na história do setor.
A partir deste ano, novas modalidades de planos devem trazer novo fôlego para este ciclo virtuoso que a indústria vive.
O mercado de previdência complementar entrará em uma nova fase com o lançamento de dois novos produtos. A Fenaprevi discute junto ao governo a criação de duas novas famílias de produtos, o Prevsaúde e o Preveducação, que devem chegar ao mercado ainda este ano e terão forte impacto na expansão do setor.
O Preveducação será um plano específico para custear despesas educacionais. O Prevsaúde, por sua vez, será destinado a custear planos de saúde ou despesas médicas do contribuinte na aposentadoria. O grande diferencial desses planos será a isenção da taxa tributária no momento de resgate dos recursos.
Os dois novos produtos complementarão o portfólio de alternativas oferecidas pelas empresas do setor, que já operam com uma gama importante de produtos: planos individuas, empresariais e planos para menores, entre outros.
A Fenaprevi estima que os recursos acumulados pelos investidores na previdência complementar devam bater a marca de R$ 200 bilhões em 2010. O valor demonstra que o brasileiro está empenhado em construir uma plataforma nova de planejamento do futuro e que a cultura da estabilidade econômica e da proteção das conquistas de indivíduos e suas famílias chegou para ficar.
Brasil Econômico