Ultima atualização 21 de maio

A sofisticação da previdência privada complementar

Os planos de previdência privada aberta estão se consolidando como um instrumento de poupança de longo prazo para um contingente cada vez maior de brasileiros.
Hoje, chegamos à casa de 11,1 milhões de planos contratados, o que corresponde a 6% da população brasileira. Desde o surgimento dos produtos PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e os VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), os recursos acumulados no sistema também não param de crescer e já representam respeitáveis R$ 184,4 bilhões.
A demanda crescente por planos de previdência privada é simples de explicar. Os brasileiros sabem que precisam constituir suas próprias reservas para complementar a renda no futuro, no período pós laboral. A previdência pública não irá atender às demandas de aposentadoria de uma classe média com acesso cada vez mais amplo ao consumo de bens e serviços. O “consumidor” compreendeu claramente que, para manter o padrão de vida, terá que construir sua própria estratégia de acumulação.
A outra razão está na simplicidade dos produtos. Os PGBLs e VGBLs foram absorvidos pelos investidores leigos. Os produtos se tornaram populares e seus benefícios de longo prazo foram claramente percebidos.
As seguradoras, por sua vez, também souberam fazer o mercado crescer, criando produtos com valores de contribuições flexíveis, tornando-os acessíveis a uma parcela significativa da população.
Hoje é possível contratar um plano de previdência aberta para contribuições a partir de R$ 30.
A abertura para investidores de renda menor atraiu para o sistema os brasileiros das classes C, que agora, com o aumento da renda, já dispõe de recursospara formar sua poupança de futuro.
Essa somatória de fatores explica os índices vigorosos de crescimento que o sistema vem registrando.
Só no último trimestre, as empresas de previdência captaram R$ 10 bilhões, valor 27,90% maior que o verificado em igual período de 2009. A expansão do número de planos e das reservas têm sido uma constante na história do setor.
A partir deste ano, novas modalidades de planos devem trazer novo fôlego para este ciclo virtuoso que a indústria vive.
O mercado de previdência complementar entrará em uma nova fase com o lançamento de dois novos produtos. A Fenaprevi discute junto ao governo a criação de duas novas famílias de produtos, o Prevsaúde e o Preveducação, que devem chegar ao mercado ainda este ano e terão forte impacto na expansão do setor.
O Preveducação será um plano específico para custear despesas educacionais. O Prevsaúde, por sua vez, será destinado a custear planos de saúde ou despesas médicas do contribuinte na aposentadoria. O grande diferencial desses planos será a isenção da taxa tributária no momento de resgate dos recursos.
Os dois novos produtos complementarão o portfólio de alternativas oferecidas pelas empresas do setor, que já operam com uma gama importante de produtos: planos individuas, empresariais e planos para menores, entre outros.
A Fenaprevi estima que os recursos acumulados pelos investidores na previdência complementar devam bater a marca de R$ 200 bilhões em 2010. O valor demonstra que o brasileiro está empenhado em construir uma plataforma nova de planejamento do futuro e que a cultura da estabilidade econômica e da proteção das conquistas de indivíduos e suas famílias chegou para ficar.

Brasil Econômico

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