O mercado de corretagem de seguros está atraindo investidores internacionais atentos na forte expansão dos prêmios do setor. Outro motivo que acendeu a lanterna deles foram as perspectivas positivas para a carteira de grandes riscos por conta das obras necessárias para a Copa do Mundo de 2014, Pré-sal, Olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016 e para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
O mais novo player do mercado é a gestora carioca Gulf Capital Partners. O grupo tem investimentos em grandes obras. Idealizou e construiu o Hotel Fasano, considerado o melhor hotel do Rio de Janeiro, e a torre Blue Tree Towers, na Vila Olímpia, em São Paulo. No entanto, a principal aposta da Gulf foi a Brazil Brokers, uma holding criada em 2007 com 16 corretoras de imóveis. No mesmo ano, a empresa abriu o capital na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), em uma operação que movimentou R$ 700 milhões. Em 2008, comprou mais dez corretoras.
A intenção da gestora é reproduzir a mesma estratégia da Brazil Brokers no setor de seguros. Para isso, o grupo criou a Brazil Insurance, uma holding que deve ter cerca de 40 corretoras de seguros e que também abrirá o capital na Bovespa. De acordo com Bruno Padilha, sócio diretor da Gulf, a ideia é que a abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) gire cerca de R$ 700 milhões. “O IPO será muito próximo”, diz o executivo, sem precisar datas.
Na segunda-feira de Carnaval, 15 de fevereiro, a Arthur J Gallagher & Co informou que abriu escritório no principal mercado da América Latina ao comprar a corretora de resseguros brasileira Securitas Re, do fundo de investimento Estater. Conforme nota divulgada pelo grupo, a grande vantagem é que a aquisição ajuda o grupo a não começar do zero.
Para especialistas, vários fatores incentivam as fusões e aquisições no mercado de corretagem de seguros e a atração de novos investidores. Um dos principais é a procura por redução de custos, principalmente na parte do back office. Há ainda a queda nas comissões, por conta do aumento da concorrência no setor, e a necessidade de ganho de escala, tanto para competir melhor com outras corretoras, quanto para poder negociar melhores condições com as seguradoras.
Confira mais detalhes deste movimento de consolidação das corretoras de seguros na matéria de Altamiro Silva Júnior na próxima edição da Revista Apólice