Disposta a solucionar alguns problemas identificados pelos seguradores para iniciar a venda do microsseguro, como custos operacionais elevados e risco de descontinuidade no pagamento de prêmios, a Vayon Insurance Solution Provider, empresa especializada no fornecimento de soluções de tecnologia às empresas seguradoras, desenvolveu uma solução para captação e cobrança nessa modalidade. Ou seja, a partir do celular em nome do segurado, toda a operação de compra do microsseguro poderá ser realizada, por meio do envio de um simples torpedo (SMS). ?A captação se dará pelo aparelho celular do segurado. Isto é, o usuário de um aparelho celular envia uma mensagem de texto para a seguradora, que anteriormente terá fechado uma parceria com a empresa de telefonia celular para ter acesso a informações do usuário. Depois disso, inicia-se o processo de aceitação do microsseguro propriamente dito, que poderá ser contratado automaticamente ou ser desviado ao call-center da seguradora, para se obter informações adicionais do segurado ou prestar-lhe esclarecimento sobre o produto?, informou o diretor de Operações da Vayon, Wladimir Chinchio, durante o V Insurance IT Meeting, realizado em Angra dos Reis, de 13 a 15 de novembro.
A cobrança, no caso de linha pós-paga, se dará pela via conta telefônica do proprietário da linha ou pelo débito de créditos para usuários de pré-pago. Se o futuro segurado preferir, a cobrança do microsseguro poderá ser feita na conta de luz ou de água. ?Trata-se de uma tecnologia que tem como objetivo reduzir os custos para viabilizar o microsseguro, utilizando canais de distribuição e cobrança de baixo custo, como celular, internet e PDA?, acrescentou ele.
O especialista lembrou que o custo operacional elevado é justamente uma das preocupações do mercado, porque os prêmios do microsseguro precisam ser módicos para atender à população de baixa renda. ?No microsseguro, os prêmios individuais são necessariamente pequenos. Esses prêmios pequenos são compensados através da ampliação de clientes da carteira. Só que, com isto, aumenta-se o custo operacional, já que é preciso gerenciar contratos de uma grande quantidade de segurados. Então, a saída é recorrer a canais alternativos de distribuição?, explicou ele, para quem os prêmios de microsseguros deverão, no máximo, ser de R$ 10 por mês.
Outro problema é a administração e controle da carteira. Um dos grandes desafios nos microsseguros é realizar a administração e controle dos segurados, já que o negócio só é viável se houver uma quantidade grande de apólices. “Deve-se ter em mente que não é possível simplesmente aplicar o modelo de negócio do seguro tradicional. É preciso realizar adaptações para comportar as peculiaridades dos segurados”, afirmou Chinchio.
Em relação ao método de arrecadação do prêmio, ele considera talvez este o ponto mais delicado de todos, já que as pessoas da baixa renda ganham muito pouco e, com alguma freqüência, atrasam o pagamento de algumas contas. Para viabilidade do microsseguro, disse ele, é preciso, por um lado, que a coleta de prêmio seja eficaz, evitando-se calote, e, por outro lado, flexível, permitindo o pagamento conforme as possibilidades do segurado.
O projeto que cria o microsseguro está em tramitação no Congresso Nacional, deverá atingir a um universo de 100 milhões de pessoas e seu principal objetivo e reduzir os riscos que ampliam as vulnerabilidades da população de baixa renda.
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