Ultima atualização 23 de novembro

Hospitais e indústria discutem impacto dos avanços tecnológicos nos custos da saúde

Pesquisas científicas e modernos equipamentos alteraram os rumos da medicina e da prestação de serviço nos hospitais. Os avanços tecnológicos elevaram a qualidade e o potencial clínico das instituições, salvaram pacientes e ampliaram a expectativa de vida. Sob este aspecto, o complexo da saúde não diverge. O impasse reside no custo que a incorporação tecnológica gera ao setor.
Pontos de vista sobre o assunto foram apresentados na mesa “Qual o papel da indústria médica na saúde”, realizada na quinta-feira (12/11), no Rio de Janeiro, durante o 36º Congresso Mundial de Hospitais – IHF Rio 2009. A Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (ABIMO) presidiu a sessão.
O presidente do Colégio Americano de Executivos em Saúde de Porto Rico, Enrique Navarro, ministrou a primeira palestra e retratou o panorama do sistema de saúde nos Estados Unidos. Naquele país, os gastos com o serviço registraram aumento de 81% entre 1997 e 2007. Para 2009, a previsão é investir US$ 2,5 trilhões. “Há consenso nos Estados Unidos para o monitoramento da tecnologia, dos produtos médicos e das práticas inovadoras por meio de investigação comparativa da efetividade”, disse Navarro.
No Brasil a proposta é semelhante, embora desafiadora, considerando que o país conta com mais de 8 mil hospitais espalhados por regiões com diferentes necessidades e 11 milhões de internações por ano. “Técnicas novas nem sempre substituem as antigas. Os custos vão sendo elevados, sem necessariamente aumentar a efetividade. O que há é a elevação do financiamento do sistema”, falou o presidente da Federação Brasileira de Hospitais (FBH), Eduardo de Oliveira.
O presidente da Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas, Antônio Luiz Paranhos Leite de Brito, acredita que a solução para conciliar custos e benefícios da inovação tecnológica depende da aproximação de todos os setores ligados à área da saúde. “Precisamos de uma agenda comum, que nos permita avançar na questão, como ocorre no COMSAÚDE. Afinal, é indiscutível a contribuição da tecnologia”, comentou.
O Brasil possui cerca de 2 mil santas casas e hospitais filantrópicos, sendo que 56% dos municípios do interior do País só contam com este serviço. Mais de 60% da receita dos hospitais filantrópicos vêm do SUS.

Compartilhe no:

Assine nossa newsletter

Você também pode gostar

Feed Apólice

Ads Blocker Image Powered by Code Help Pro

AdBlock Detectado!

Detectamos que você está usando extensões para bloquear anúncios. Por favor, nos apoie desabilitando esses bloqueadores de anúncios.

Powered By
100% Free SEO Tools - Tool Kits PRO