Pesquisas científicas e modernos equipamentos alteraram os rumos da medicina e da prestação de serviço nos hospitais. Os avanços tecnológicos elevaram a qualidade e o potencial clínico das instituições, salvaram pacientes e ampliaram a expectativa de vida. Sob este aspecto, o complexo da saúde não diverge. O impasse reside no custo que a incorporação tecnológica gera ao setor.
Pontos de vista sobre o assunto foram apresentados na mesa “Qual o papel da indústria médica na saúde”, realizada na quinta-feira (12/11), no Rio de Janeiro, durante o 36º Congresso Mundial de Hospitais – IHF Rio 2009. A Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (ABIMO) presidiu a sessão.
O presidente do Colégio Americano de Executivos em Saúde de Porto Rico, Enrique Navarro, ministrou a primeira palestra e retratou o panorama do sistema de saúde nos Estados Unidos. Naquele país, os gastos com o serviço registraram aumento de 81% entre 1997 e 2007. Para 2009, a previsão é investir US$ 2,5 trilhões. “Há consenso nos Estados Unidos para o monitoramento da tecnologia, dos produtos médicos e das práticas inovadoras por meio de investigação comparativa da efetividade”, disse Navarro.
No Brasil a proposta é semelhante, embora desafiadora, considerando que o país conta com mais de 8 mil hospitais espalhados por regiões com diferentes necessidades e 11 milhões de internações por ano. “Técnicas novas nem sempre substituem as antigas. Os custos vão sendo elevados, sem necessariamente aumentar a efetividade. O que há é a elevação do financiamento do sistema”, falou o presidente da Federação Brasileira de Hospitais (FBH), Eduardo de Oliveira.
O presidente da Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas, Antônio Luiz Paranhos Leite de Brito, acredita que a solução para conciliar custos e benefícios da inovação tecnológica depende da aproximação de todos os setores ligados à área da saúde. “Precisamos de uma agenda comum, que nos permita avançar na questão, como ocorre no COMSAÚDE. Afinal, é indiscutível a contribuição da tecnologia”, comentou.
O Brasil possui cerca de 2 mil santas casas e hospitais filantrópicos, sendo que 56% dos municípios do interior do País só contam com este serviço. Mais de 60% da receita dos hospitais filantrópicos vêm do SUS.
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